A contemplação da Santíssima Trindade abre o
nosso coração para o Deus amoroso, revelado por Jesus Cristo. Consciente de ser
Filho, Jesus nos falou do Pai e prometeu o dom do Espírito Santo a quem tivesse
fé. Revelou que tinha vindo do Pai e para o Pai voltaria, confiando ao Espírito
Santo a missão de dinamizar a caminhada da comunidade de fé. Sempre que falava
de Deus, referia-se à Trindade.
O envio do Filho, por parte do Pai, foi uma prova
de amor imenso ao ser humano corrompido pelo pecado. Visando libertar da morte
a humanidade, Jesus veio, na qualidade de portador de vida eterna. Entretanto,
a perfeita salvação – o dom da vida eterna – depende de como se acolhe Jesus, e
se adere à sua pessoa. Deste modo, vive-se como verdadeiros filhos e filhas de
Deus, regenerados pelo Espírito.
Engana-se quem atribui a Jesus a missão
primordial de julgar e condenar o mundo. A condenação depende da incredulidade
em relação ao Filho enviado pelo Pai. Rejeitar o Filho significa, por extensão,
rejeitar o Pai que o enviou. Por sua vez, recusar a este comporta a rejeição da
vida eterna, que só ele pode oferecer. Esta insensatez, em última análise,
resulta do fechamento ao dom do Espírito Santo, o único que tem o poder de
atrair o ser humano para Deus. Portanto, embora o desígnio primeiro da Trindade
seja o de salvar a humanidade, resta sempre a possibilidade de o ser humano
servir-se de sua liberdade para fazer-se prisioneiro de seu egoísmo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário