Ao se apresentar como modelo
para os seus discípulos: "Aprendam de mim!", Jesus frisou duas posturas
pelas quais pautava a sua vida: a mansidão e a humildade. Elas são o
reflexo das bem-aventuranças, as quais sempre buscou praticar.
A mansidão de Jesus
expressou-se no trato paciente com os pobres e pequeninos, na acolhida
dispensada aos marginalizados, na atitude benévola em relação aos
pecadores, na valorização de quem era desprezado, no respeito pelos
estrangeiros. Nada, em seu comportamento, denotava arrogância,
superioridade. Aliás, seus adversários, chocados com seu modo fraterno e
próximo de estar com as pessoas, taxavam-no de "comilão, beberrão,
amigos dos pecadores e das pessoas de má fama".
A opção de Jesus pela mansidão
não o impedia de ser severo, quando se fazia necessário. Seus
adversários, sempre cheios de malícia e de segundas intenções,
experimentaram a dureza de suas palavras e a intransigência de suas
posturas.
A humildade de Jesus
manifestou-se especialmente em sua relação com o Pai. Jamais teve a
pretensão de ocupar uma posição que não lhe pertencia. Antes, tinha
consciência de ser o enviado do Pai, e de estar a serviço dele. Tudo
quanto fazia tinha o objetivo de reconciliar as pessoas com o Pai, cuja
vontade era o imperativo de sua ação. Por isso, ao concluir seu
ministério, Jesus pode afirmar: "Tudo está consumado!", isto é, fiz tudo
o que o Pai me incumbiu de fazer. A humildade levou-o à cruz!
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