Jesus ensinou aos discípulos
como rezar de maneira conveniente. E mostrou ser inútil querer
convencer a Deus com um dilúvio de palavras e argumentações, no intuito
de fazê-lo atender os pedidos a ele dirigidos. Este expediente esconde
uma falsa concepção de Deus, reduzido ao tamanho dos seres humanos. A
esses, sim, é possível convencer à custa de palavras. A Deus, não! O
discípulo do Reino não pode cultivar esta imagem pagã da divindade. Ela
não corresponde ao Pai de Jesus.
O discípulo foi ensinado a
rezar, referindo ao Pai somente o essencial. Sua oração centra-se em
torno do Reino. O discípulo pede que o senhorio do Pai se concretize na
história humana em três níveis: o nome do Pai sendo santificado por
todos, de forma a abolir toda espécie de idolatria; seu Reino e sua
vontade permeando todas as relações humanas, ou seja, sua Lei se
constituindo em princípio norteador de tudo. Além disso, o discípulo
implora ao Pai para fazer o Reino acontecer na sua vida quotidiana.
Como? Não faltando a ninguém o alimento necessário para a sobrevivência.
Estabelecendo-se um clima de perdão e reconciliação entre todos, de
modo a formarem uma verdadeira família. E não se deixando levar pelas
solicitações do mal, ou seja, não perdendo de vista que só o Pai e seu
Reino devem polarizar suas vidas. Não é preciso pedir mais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário