O gesto admirável de desprendimento e
generosidade testemunhado por Jesus junto do cofre das esmolas do
templo, serviu-lhe para ensinar aos discípulos o incalculável valor do
pouco. As grandes quantias, provindas do supérfluo dos ricos, eram sem
valor em comparação com as duas moedinhas depositadas pela pobre viúva.
Esta havia dado tudo quanto possuía e que era necessário para o seu
sustento.
A mulher era pobre. Mesmo
assim, cumprindo o que ordenava a Lei, não se apresentou diante de Deus
com as mãos vazias. Quiçá recebera as duas moedinhas como esmola. No
entanto, numa manifestação de gratidão a Deus e de confiança em sua
Providência, ofereceu-lhas sem titubear. A pobreza não a tornou avarenta
nem apegada às coisas deste mundo. Seu coração era livre!
A mulher era viúva. Nesta
condição, deveria viver da caridade alheia, como mandava a Lei. Sua
situação social era de pouca segurança. Juntamente com os órfãos e os
estrangeiros, fazia parte da categoria de pessoas das quais os
governantes deveriam preocupar-se, de modo especial. Quem tinha direito
de receber, sentiu-se impelida a dar, sem reservar nada para si.
O pouco, em termos
quantitativos, tornou-se muito em termos qualitativos. Jesus mediu a
oferta da mulher com parâmetros divinos, e soube descobrir na oferta da
pobre viúva algo que só com olhar divino se pode perceber.
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