sábado, 10 de junho de 2017

O VALOR INCALCULÁVEL DO POUCO

O gesto admirável de desprendimento e generosidade testemunhado por Jesus junto do cofre das esmolas do templo, serviu-lhe para ensinar aos discípulos o incalculável valor do pouco. As grandes quantias, provindas do supérfluo dos ricos, eram sem valor em comparação com as duas moedinhas depositadas pela pobre viúva. Esta havia dado tudo quanto possuía e que era necessário para o seu sustento.
A mulher era pobre. Mesmo assim, cumprindo o que ordenava a Lei, não se apresentou diante de Deus com as mãos vazias. Quiçá recebera as duas moedinhas como esmola. No entanto, numa manifestação de gratidão a Deus e de confiança em sua Providência, ofereceu-lhas sem titubear. A pobreza não a tornou avarenta nem apegada às coisas deste mundo. Seu coração era livre!
A mulher era viúva. Nesta condição, deveria viver da caridade alheia, como mandava a Lei. Sua situação social era de pouca segurança. Juntamente com os órfãos e os estrangeiros, fazia parte da categoria de pessoas das quais os governantes deveriam preocupar-se, de modo especial. Quem tinha direito de receber, sentiu-se impelida a dar, sem reservar nada para si.
O pouco, em termos quantitativos, tornou-se muito em termos qualitativos. Jesus mediu a oferta da mulher com parâmetros divinos, e soube descobrir na oferta da pobre viúva algo que só com olhar divino se pode perceber.

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