sexta-feira, 31 de março de 2017

Como nós temos testemunhado o nosso amor por Jesus?

Jesus não enfrenta a morte, que sabe que está próxima, com uma atitude superficial. Escolhe percursos, escolhe tempos oportunos para continuar vendo os que ama. Mostra-se ou se esconde de maneira prudente, e só o vemos falar de maneira arrojada quando defende seu Pai, seu amor, seu plano de salvação. Em seus últimos dias Jesus precisa de amigos fortes que decidiram já defendê-lo para evitar sua morte. Livrai-nos, Senhor, da ambiguidade e do permanecermos à margem, observando-te sem nos implicarmos.

Pense nisso!

Não podemos permitir que cresça em nós sentimentos injustos, sentimentos de vingança, de ressentimentos e mágoa, sentimentos maus contra a pessoa do outro. O que eles faziam, muitas vezes, eram tramoias, armar situações, porque queriam pegar Jesus.
Se quisermos nos purificar do mal, se quisermos que a nossa penitência seja agradável a Deus, permitamos que Ele purifique o nosso coração da maldade, do sentimento do desejo de querer mal seja lá a quem for.
Pe. Roger Araújo

A CORAGEM DO MESSIAS!

Na medida em que avançava no seu ministério, levantavam-se, para Jesus, toda espécie de barreiras. Seus adversários sentiam-se questionados por ele, e não sabiam como enfrentá-lo, na base do diálogo. Os argumentos do Mestre deixavam-nos desarmados. E eles não tinham a quem apelar, mesmo recorrendo à sabedoria que pensavam possuir.
A decisão de matar Jesus visava eliminar o mal pela raiz. Seria uma maneira de fazer calar, para sempre, aquela voz incômoda, banindo-o do meio do povo. Recorrendo à violência, os inimigos de Jesus pensavam resolver um problema com o qual recusavam defrontar-se: é possível Deus fazer-se presente na história humana, na pessoa de um homem? Apesar de se precaver, o Mestre não se deixou levar pelo medo. Antes, mostrou-se suficientemente corajoso para defrontar-se, cara-a-cara, com quem ameaçava tirar-lhe a vida. O templo de Jerusalém foi o palco do confronto. Aí ele se pôs a pregar, abertamente, sua condição de enviado do Pai, ou seja, sua condição divina. Sua pregação derrubava o orgulho de seus adversários, pois ele é quem tinha o verdadeiro conhecimento do Pai. Enganavam-se seus adversários ao cultuar um Deus diferente daquele anunciado por ele. Por isso, a atitude mais sensata seria a de converter-se ao Deus de Jesus, deixando de lado a violência inútil.

Meditando o Evangelho do dia - 6ª-feira da 4ª Semana da Quaresma

Evangelho (Jo 7,1-2.10.25-30)

Queriam prendê-lo, mas ainda não tinha chegado a sua hora.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 7,1-2.10.25-30.

Naquele tempo, Jesus andava percorrendo a Galileia. Evitava andar pela Judeia, porque os judeus procuravam matá-lo. Entretanto, aproximava-se a festa judaica das Tendas. Quando seus irmãos já tinham subido, então também ele subiu para a festa, não publicamente mas sim como que às escondidas.
Alguns habitantes de Jerusalém disseram então: "Não é este a quem procuram matar? Eis que fala em público e nada lhe dizem. Será que, na verdade, as autoridades reconheceram que ele é o Messias? Mas este, nós sabemos donde é. O Cristo, quando vier, ninguém saberá donde é".
Em alta voz, Jesus ensinava no Templo, dizendo: "Vós me conheceis e sabeis de onde sou; eu não vim por mim mesmo, mas o que me enviou é fidedigno. A esse, não o conheceis, mas eu o conheço, porque venho da parte dele, e ele foi quem me enviou".
Então, queriam prendê-lo, mas ninguém pôs a mão nele, porque ainda não tinha chegado a sua hora.
Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor.

Reflexão - Jo 7, 1-2.10.25-30
A descrença pode ter consequências terríveis como nos revela o Evangelho de hoje. As pessoas que acreditaram em Jesus procuraram seguir seus ensinamentos e viver uma nova forma de relacionamento com Deus, de modo que a sua fé gerava a vida em abundância. Os que não aceitavam as palavras de Jesus não só se privavam desta vida como também procuravam tirar a vida de Jesus. Mas o nosso Deus é o Deus da vida. A descrença luta contra a vida e pode até mesmo tirar a vida das pessoas, mas tira apenas a vida biológica, e o sangue que é derramado fertiliza a terra para que nela brote as sementes de vida eterna. O sangue de Jesus foi derramado, assim como o de muitos mártires, e isso faz com que as sementes do Reino cresçam e dêem fruto.

quinta-feira, 30 de março de 2017

Quaresma: tempo de oração e penitência!

Programação da Semana Santa da Paróquia de Nossa Senhora dos Aflitos.
Se programe e participe juntamente conosco, você é nosso convidado!

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O PAI DÁ TESTEMUNHO DE JESUS

O sentimento de pertença ao Pai e a consciência de tê-lo a seu favor eram fundamentais na vida de Jesus. Afinal, ele não tinha nenhuma instituição a quem apelar para justificar sua ação. Não pertencia a nenhum dos partidos religiosos da época. Não era de família sacerdotal. Nem se apresentava com o título de rabi. Falando em termos humanos, Jesus era totalmente independente. Por conseguinte, seus inimigos não sabiam como classificá-lo e careciam de pistas para interpretar seu modo de proceder.
Na perspectiva do Filho de Deus, tudo se passava de maneira diferente. Ele tinha consciência de contar com o apoio do Pai em tudo quanto fazia. Por fidelidade a ele, sentia-se movido a ir adiante, sem retroceder, dispensando o reconhecimento e a glória do mundo. Bastava o que lhe era oferecido pelo Pai.
Todavia, Jesus não se prevaleceu de sua condição de enviado. A fidelidade ao querer do Pai norteou seu agir. Nada mais lhe interessava, senão ser reconhecido como fiel pelo Pai.
Apesar das adversidades, sentia-se motivado a seguir adiante. Além do Pai, as Escrituras também o apoiavam. Nelas encontrava luzes que justificavam o rumo dado à sua vida. E não tinha dúvida de estar no caminho certo. Ele não corria o risco de agir como um impostor, que evoca Deus para, no fundo, impor sua vontade.

Meditando o Evangelho do dia - 5ª-feira da 4ª Semana da Quaresma

Evangelho (Jo 5,31-47)

Há alguém que vos acusa: Moisés, no qual colocais a vossa esperança.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 5,31-47.

Naquele tempo, disse Jesus aos judeus: "Se eu der testemunho de mim mesmo, meu testemunho não vale. Mas há um outro que dá testemunho de mim, e eu sei que o testemunho que ele dá de mim é verdadeiro.
Vós mandastes mensageiros a João, e ele deu testemunho da verdade. Eu, porém, não dependo do testemunho de um ser humano. Mas falo assim para a vossa salvação. João era uma lâmpada que estava acesa e a brilhar, e vós com prazer vos alegrastes por um tempo com sua luz.
Mas eu tenho um testemunho maior que o de João; as obras que o Pai me concedeu realizar. As obras que eu faço dão testemunho de mim, mostrando que o Pai me enviou. E também o Pai que me enviou dá testemunho a meu favor. Vós nunca ouvistes sua voz, nem vistes sua face, e sua palavra não encontrou morada em vós, pois não acreditais naquele que ele enviou.
Vós examinais as Escrituras, pensando que nelas possuís a vida eterna. No entanto, as Escrituras dão testemunho de mim, mas não quereis vir a mim para ter a vida eterna! Eu não recebo a glória que vem dos homens. Mas eu sei que não tendes em vós o amor de Deus. Eu vim em nome do meu Pai, e vós não me recebeis. Mas, se um outro viesse em seu próprio nome, a este vós o receberíeis.
Como podereis acreditar, vós que recebeis glória uns dos outros e não buscais a glória que vem do único Deus? Não penseis que eu vos acusarei diante do Pai. Há alguém que vos acusa: Moisés, no qual colocais a vossa esperança. Se acre­ditásseis em Moisés, também acreditaríeis em mim, pois foi a respeito de mim que ele escreveu. Mas se não acreditais nos seus escritos, como acreditareis então nas minhas palavras?"
Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor.

Reflexão - Jo 5, 31-47
Ninguém aceita gratuitamente algo como sendo verdadeiro. Só acreditamos que algo é verdadeiro quando temos um fundamento para isso. Assim as pessoas agem em relação a Jesus, exigem uma garantia de verdade a respeito de tudo o que ele fala para que creiam nela. Isso acontece em primeiro lugar porque não acreditam no amor e na ação do próprio Deus na vida das pessoas. Também acontece porque não são capazes de encontrar nas Sagradas Escrituras o testemunho de Jesus e de suas obras. Somente quem se abre a Deus e à sua revelação reconhece a verdade em Jesus.

quarta-feira, 29 de março de 2017

O FILHO E O PAI

Elemento fundamental da ação de Jesus foi sua constante referência ao Pai. O Filho realizava as obras do Pai. O Pai expressava-se nas obras do Filho. O Filho não se fechava no seu mundo, limitando-se a cultivar um projeto terreno, cujas perspectivas não ultrapassavam seu próprio eu. Por sua vez, o Pai também não se fechava na sua transcendência, prescindindo dos seres humanos e sua história. A comunhão entre o Pai e o Filho acabava por entrelaçar Céu e Terra, divino e humano, transcendência e História.
Apesar de terem sido educados numa tradição teológica em que Deus revela sua relação histórica com o povo de Israel, os contemporâneos de Jesus foram incapazes de compreender que, nele, Deus se aproximava da humanidade de um modo diferente. Eles não podiam suportar que um indivíduo, como eles, tivesse a ousadia de julgar-se tão próximo de Deus. Por isso é que decidiram eliminar o Mestre.
A decisão violenta dos judeus obrigou Jesus a explicitar como se dá a relação Pai-Filho. É uma relação de amor, que leva o Pai a revelar ao Filho todos seus pensamentos, e  como deve agir. O amor desemboca na ação.
A paixão de Jesus deve ser contemplada nesta perspectiva: sua fidelidade extrema, corresponde à vontade do Pai.

#minisermao (29/03/17)

O trabalho não é um castigo; é utilizar nosso potencial criativo. Somos ecos criativos do Criador. Jesus revelou que o Pai trabalha sempre. Ele disse mais, Ele disse que Ele também trabalha. Aliás, o filho do carpinteiro, 30 anos, não pregou a palavra de Deus, pregou prego na cadeira, Ele foi carpinteiro. Trabalhou, tinha as mãos calejadas, a pele suada de um trabalhador de Nazaré, da Galiléia. Algumas pessoas imaginam que trabalhar é um castigo,  fruto do pecado, uma espécie de castigo divino. Não! Trabalhar é uma graça. Somos imagem e semelhança de um Deus trabalhador, por isso trabalhamos também. O trabalho nos faz criativos como o criador.  (Jo 5,17-30)
Pe. Joãozinho, Scj.

Jesus é nosso único Salvador!

Nossa vida só está plenamente em Deus quando nos abrimos para escutá-Lo e acolhê-Lo como nosso Senhor e Salvador. "Em verdade, em verdade vos digo, quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou possui a vida eterna. Não será condenado, pois já passou da morte para a vida" (João 5,24).

Meditando o Evangelho do dia - 4ª-feira da 4ª Semana da Quaresma

Evangelho (Jo 5,17-30)

Assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá a vida, o Filho também dá a vida a quem ele quer.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 5,17-30.

Naquele tempo, Jesus respondeu aos judeus: "Meu Pai trabalha sempre, portanto também eu trabalho". Então, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque, além de violar o sábado, chamava Deus o seu Pai, fazendo-se, assim, igual a Deus.
Tomando a palavra, Jesus disse aos judeus: Em verdade, em verdade vos digo, o Filho não pode fazer nada por si mesmo; ele faz apenas o que vê o Pai fazer. O que o Pai faz, o Filho o faz também. O Pai ama o Filho e lhe mostra tudo o que ele mesmo faz. E lhe mostrará obras maiores ainda, de modo que ficareis admirados.
Assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá a vida, o Filho também dá a vida a quem ele quer. De fato, o Pai não julga ninguém, mas ele deu ao Filho o poder de julgar, para que todos honrem o Filho, assim como honram o Pai. Quem não honra o Filho, também não honra o Pai que o enviou.
Em verdade, em verdade vos digo, quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, possui a vida eterna. Não será condenado, pois já passou da morte para a vida. Em verdade, em verdade, eu vos digo: está chegando a hora, e já chegou, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus e os que a ouvirem viverão.
Porque, assim como o Pai possui a vida em si mesmo, do mesmo modo concedeu ao Filho possuir a vida em si mesmo. Além disso, deu-lhe o poder de julgar, pois ele é o Filho do Homem. Não fiqueis admirados com isso, porque vai chegar a hora em que todos os que estão nos túmulos ouvirão a voz do Filho e sairão: aqueles que fizeram o bem, ressuscitarão para a vida; e aqueles que praticaram o mal, para a condenação.
Eu não posso fazer nada por mim mesmo. Eu julgo conforme o que escuto, e meu julgamento é justo, porque não procuro fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.
Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor.

Reflexão - Jo 5, 17-30
Jesus começa aos poucos a manifestar a sua origem e a sua natureza divina. Ele de fato é o Filho de Deus, que veio ao mundo para fazer a vontade do Pai e realizar a sua obra, que é a salvação de todas as pessoas, salvação que significa ressurreição e vida eterna, libertação do jugo do pecado e da morte. Mas esta obra é somente para quem crê que Jesus é o Filho de Deus, é para quem crê que ele veio ao mundo para fazer a vontade do Pai e vê na sua ação a ação divina em favor dos homens, de modo que a fé é essencial para a nossa salvação, para a nossa ressurreição e para que vivamos eternamente.

terça-feira, 28 de março de 2017

#minisermao (28/03/17)

O primeiro passo para a cura é aderir ao tratamento; há uma vontade mórbida em nós que prefere a doença. Parece incrível mas, às vezes  é muito cômodo continuar com nossas dores. Um homem estava a 38 anos na beira da piscina de Betesda, em Jerusalém, porque se acreditava que quando a água mexesse,  o primeiro que entrasse seria curado. Mas ele era paralítico, sempre chegava atrasado. E Jesus pergunta ao homem: "Queres ficar curado?" E de fato o homem diz: "Eu quero!" E a cura aconteceu, a história continua, mas a lição que fica é que o primeiro passo é realmente querer. Não adianta ir ao médico e pedir pra ele nos curar, a cura começa sempre dentro de nós. (Jo 5,1-16)
Pe. Joãozinho, Scj.

COLABORANDO COM O PRÓXIMO - É PRECISO CAMINHAR

A presença de Jesus era aquilo que faltava para que o paralítico obtivesse a cura desejada. O imenso desejo de ser curado levou-o, durante 38 longos anos, à piscina de Betesda, cujas águas, ao pôr-se em movimento, restituíam a saúde ao primeiro que nelas entrasse. No entanto, por ser paralítico, aquele homem não tinha agilidade suficiente para antecipar-se aos demais doentes. Resultado: permanecia ali, curtindo sua esperança de cura, enquanto outros eram miraculados.
A chegada de Jesus abriu-lhe a inesperada perspectiva de ser curado, sem necessidade do contato com as águas revoltas. E o milagre aconteceu. A seguir, obedecendo à ordem de Jesus, ele pegou a cama na qual jazia, e pôs-se a caminhar, sem dificuldade.
Este fato evangélico ajuda-nos a descobrir um sentido novo, na paixão de Jesus. Tal qual este doente de Jerusalém, toda a humanidade encontrava-se como que paralisada por causa do pecado, ansiando, ardentemente, pela libertação. Por si mesmas, as pessoas não conseguiriam atingir este objetivo. Necessitaram, pois, da ajuda de Jesus, cuja vida consistiu em colaborar para que todos nós pudéssemos superar a paralisia do pecado, e caminhar livremente para Deus. Em última análise, todos somos como o paralítico. Só Jesus, por sua morte e ressurreição, pode propiciar-nos a libertação.

Meditando o Evangelho do dia - 3ª-feira da 4ª Semana da Quaresma

Evangelho (Jo 5,1-16)

No mesmo instante o homem ficou curado.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 5,1-16.

Houve uma festa dos judeus, e Jesus foi a Jerusalém. Existe em Jerusalém, perto da porta das Ovelhas, uma piscina com cinco pórticos, chamada Betesda em hebraico. Muitos doentes ficavam ali deitados — cegos, coxos e paralíticos.
De fato, um anjo descia, de vez em quando, e movimentava a água da piscina, e o primeiro doente que aí entrasse, depois do borbulhar da água, ficava curado de qualquer doença que tivesse. Aí se encontrava um homem, que estava doente havia trinta e oito anos.
Jesus viu o homem deitado e sabendo que estava doente há tanto tempo, disse-lhe: "Queres ficar curado?" O doente respondeu: "Senhor, não tenho ninguém que me leve à piscina, quando a água é agitada. Quando estou chegando, outro entra na minha frente". Jesus disse: "Levanta-te, pega tua cama e anda". No mesmo instante, o homem ficou curado, pegou sua cama e começou a andar.
Ora, esse dia era um sábado. Por isso, os judeus disseram ao homem que tinha sido curado: "É sábado! Não te é permitido carregar tua cama". Ele respondeu-lhes: "Aquele que me curou disse: 'Pega tua cama e anda'". Então lhe perguntaram: "Quem é que te disse: 'Pega tua cama e anda'?" O homem que tinha sido curado não sabia quem fora, pois Jesus se tinha afastado da multidão que se encontrava naquele lugar.
Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor.

Reflexão - Jo 5, 1-16
Muitas vezes, as pessoas que sofrem diferentes formas de males possuem uma fé muito grande no poder de Deus, mas de algumas formas são impedidas de chegar até ele e receber as suas graças, condição indispensável para a superação de seus males e sofrimentos. É o caso do paralítico, que acreditava no poder de Deus e na cura que viria pela ação do anjo ao agitar a água, mas era impedido pelos outros que entravam primeiro na piscina. Assim também acontece hoje quando criamos uma série de regras e preceitos humanos que dificultam a participação de muitos na vida divina e um relacionamento pessoal com ele, que é a fonte de todas as graças que nos dão vida em abundância.

segunda-feira, 27 de março de 2017

#minisermao (27/03/17)

A fé é uma visão; quanto maior a necessidade de sinais e prodígios para crer, menor o tamanho da fé. Naquele dia Jesus voltou para a Galiléia e  muitos O procuravam, mesmo sendo sua terra natal, porque ouviram falar que Ele realizou um milagre em Caná, na Galiléia. E queriam sinais e prodígios para confirmar a sua fé. E Jesus disse: "Esta geração só acredita, vendo! Só acredita se presenciar um milagre, um prodígio, um sinal." Quando nós precisamos de muitas visões, significa que não temos a verdadeira visão . Quando precisamos de muitos milagres para crer, é porque a maravilha que Deus realiza, todos os dias na nossa vida, nós ainda não conseguimos enxergar. (Jo 4,43-54)
Pe. Joãozinho, Scj.

"O sinal da FÉ"

Qual o milagre que você precisa que aconteça na sua vida? – Você "acha" difícil isto acontecer? – Você está esperando fazer boas obras para receber os presentes de Jesus? – Peça a Jesus com fé e assim mesmo do jeito que você está, do jeito que você é, Ele também o atenderá e dirá: "Podes ir, teu filho está vivo"!

Pense nisso!

O oficial acreditou na Palavra de Jesus, antes de ver seu filho já curado. Este é o primeiro milagre nessa família, a salvação do filho. Tua família, a minha, qualquer família é uma realidade bela e frágil. Se um membro dela pratica o bem todos se contagiam; se sofre, todos se preocupam; se peca, todos se sentem feridos. Tudo que fazemos tem efeito direto nos outros. Hoje, volta para casa e leva contigo vida, amor, fé e verás como nela entra Jesus logo depois de ti.

Meditando o Evangelho do dia - 2ª-feira da 4ª Semana da Quaresma

Evangelho (Jo 4,43-54)

Vai, teu filho está vivo.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 4,43-54.

Naquele tempo, Jesus partiu da Samaria para a Galileia. O próprio Jesus tinha declarado, que um profeta não é honrado na sua própria terra. Quando então chegou à Galileia, os galileus receberam-no bem, porque tinham visto tudo o que Jesus havia feito em Jerusalém, durante a festa. Pois também eles tinham ido à festa. Assim, Jesus voltou para Caná da Galileia, onde havia transformado água em vinho.
Havia em Cafarnaum um fun­cionário do rei que tinha um filho doente. Ouviu dizer que Jesus tinha vindo da Judeia para a Galileia. Ele saiu ao seu encontro e pediu-lhe que fosse a Cafarnaum curar seu filho, que estava morrendo. Jesus disse-lhe: "Se não virdes sinais e prodígios, não acreditais". O funcionário do rei disse: "Senhor, desce, antes que meu filho morra!" Jesus lhe disse: "Podes ir, teu filho está vivo". O homem acreditou na palavra de Jesus e foi embora.
Enquanto descia para Ca­farnaum, seus empregados foram ao seu encontro, dizendo que o seu filho estava vivo. O funcionário perguntou a que horas o menino tinha melhorado. Eles responderam: "A febre desapareceu, ontem, pela uma da tarde". O pai verificou que tinha sido exatamente na mesma hora em que Jesus lhe havia dito: "Teu filho está vivo". Então, ele abraçou a fé, juntamente com toda a sua família. Esse foi o segundo sinal de Jesus. Realizou-o quando voltou da Judeia para a Galileia.
Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor.

Reflexão - Jo 4, 43-54
Jesus declarou que um profeta não é honrado na sua própria terra. Como ele foi criado na cidade de Nazaré, que fica na Galiléia, fazia referência aos galileus, que precisavam de sinais e prodígios para crer e ficavam exigindo que Jesus operasse milagres que testemunhariam que ele de fato era o Filho de Deus. Jesus nos mostra que o processo é justamente o contrário: não são os sinais que devem nos levar a crer, mas é a nossa fé que deve produzir sinais de Reino de Deus, sinais de fraternidade, de justiça, de amor, de vida em abundância. Porque ter fé significa ter a presença amorosa e solidária de Deus em todos os momentos da vida.

domingo, 26 de março de 2017

Pense nisso - pense diferente!

Permitamos que Deus cure o nosso olhar!
Precisamos permitir que Deus cure e restaure nosso olhar, para que tenhamos a Sua visão em nós...
"Eu creio, Senhor"! "Jesus cuspiu no chão, fez lama com a saliva e colocou-a sobre os olhos do cego". (João 9,6).

*‪#minisermao* (26/03/17)

O mundo tem a cor dos nossos olhos; se quisermos ver o erro veremos a pedra bruta e não o diamante que ela esconde. Podemos olhar para uma imensa parede muito bem pintada e lá no meio uma pequena mancha, então nós nos aproximamos e alguém pergunta: "O que você está vendo?" E você diz: "Estou vendo uma mancha." Jesus curou o cego de nascença e os fariseus não entenderam e preferiram ver um delito. Jesus curou no dia de sábado, mas não poderia ter feito um milagre no dia de sábado; preferiram enxergar a pedra bruta e não o diamante do Messias que passava no meio deles e realizava prodígios. Se quisermos enxergar o mundo com os óculos escuros, vamos preferir a depressão a alegria da salvação. (Jo 9,1-41)
Pe. Joãozinho, scj.

Meditando o Evangelho do dia - 4º Domingo da Quaresma

Evangelho (Jo 9,1-41)

O cego foi, lavou-se e voltou enxergando.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 9,1-41.

Naquele tempo: Ao passar, Jesus viu um homem cego de nascença. Os discípulos perguntaram a Jesus: 'Mestre, quem pecou para que nascesse cego: ele ou os seus pais?' Jesus respondeu: 'Nem ele nem seus pais pecaram, mas isso serve para que as obras de Deus se manifestem nele.
É necessário que nós realizemos as obras daquele que me enviou, enquanto é dia. Vem a noite, em que ninguém pode trabalhar. Enquanto estou no mudo, eu sou a luz do mundo'.
Dito isto, Jesus cuspiu no chão, fez lama com a saliva e colocou-a sobre os olhos do cego. E disse-lhe: 'vai lavar-te na piscina de Siloé' (que quer dizer: Enviado). O cego foi, lavou-se e voltou enxergando.
Os vizinhos e os que costumavam ver o cego - pois ele era mendigo - diziam: 'Não é aquele que ficava pedindo esmola?' Uns diziam: 'Sim, é ele!' Outros afirmavam: 'Não é ele, mas alguém parecido com ele'.
Ele, porém, dizia: 'Sou eu mesmo!'
Então lhe perguntaram: 'Como é que se abriram os teus olhos?' Ele respondeu: 'Aquele homem chamado Jesus fez lama, colocou-a nos meus olhos e disse-me: 'Vai a Siloé e lava-te'. Então fui, lavei-me e comecei a ver'. Perguntaram-lhe: 'Onde está ele?' Respondeu: 'Não sei'. Levaram então aos fariseus o homem que tinha sido cego. Ora, era sábado, o dia em que Jesus tinha feito lama e aberto os olhos do cego. Novamente, então, lhe perguntaram os fariseus como tinha recuperado a vista. Respondeu-lhes: 'Colocou lama sobre meus olhos, fui lavar-me e agora vejo!'
Disseram, então, alguns dos fariseus: 'Esse homem não vem de Deus, pois não guarda o sábado'. Mas outros diziam: 'Como pode um pecador fazer tais sinais?' E havia divergência entre eles. Perguntaram outra vez ao cego: 'E tu, que dizes daquele que te abriu os olhos?' Respondeu: 'É um profeta'.
Então, os judeus não acreditaram que ele tinha sido cego e que tinha recuperado a vista. Chamaram os pais dele e perguntaram-lhes: 'Este é o vosso filho, que dizeis ter nascido cego? Como é que ele agora está enxergando?' Os seus pais disseram: 'Sabemos que este é nosso filho e que nasceu cego. Como agora está enxergando, isso não sabemos. E quem lhe abriu os olhos também não sabemos. Interrogai-o, ele é maior de idade, ele pode falar por si mesmo'. Os seus pais disseram isso, porque tinham medo das autoridades judaicas. De fato, os judeus já tinham combinado expulsar da comunidade quem declarasse que Jesus era o Messias.
Foi por isso que seus pais disseram: 'É maior de idade. Interrogai-o a ele'. Então, os judeus chamaram de novo o homem que tinha sido cego. Disseram-lhe: 'Dá glória a Deus! Nós sabemos que esse homem é um pecador'. Então ele respondeu: 'Se ele é pecador, não sei. Só sei que eu era cego e agora vejo'. Perguntaram-lhe então: 'Que é que ele te fez? Como te abriu os olhos?' Respondeu ele: 'Eu já vos disse, e não escutastes. Por que quereis ouvir de novo? Por acaso quereis tornar-vos discípulos dele?' Então insultaram-no, dizendo: 'Tu, sim, és discípulo dele! Nós somos discípulos de Moisés. Nós sabemos que Deus falou a Moisés, mas esse, não sabemos de onde é'. Respondeu-lhes o homem: 'Espantoso! Vós não sabeis de onde ele é? No entanto, ele abriu-me os olhos! Sabemos que Deus não escuta os pecadores, mas escuta aquele que é piedoso e que faz a sua vontade. Jamais se ouviu dizer que alguém tenha aberto os olhos a um cego de nascença. Se este homem não viesse de Deus, não poderia fazer nada'. Os fariseus disseram-lhe: 'Tu nasceste todo em pecado e estás nos ensinando?'
E expulsaram-no da comunidade.
Jesus soube que o tinham expulsado. Encontrando-o, perguntou-lhe: 'Acreditas no Filho do Homem?' Respondeu ele: 'Quem é, Senhor, para que eu creia nele?' Jesus disse: 'Tu o estás vendo; é aquele que está falando contigo'. Exclamou ele: 'Eu creio, Senhor'! E prostrou-se diante de Jesus. Então, Jesus disse: 'Eu vim a este mundo para exercer um julgamento, a fim de que os que não vêem, vejam, e os que vêem se tornem cegos'. Alguns fariseus, que estavam com ele, ouviram isto e lhe disseram: 'Porventura, também nós somos cegos?' Respondeu-lhes Jesus: 'Se fôsseis cegos, não teríeis culpa; mas como dizeis: 'Nós vemos', o vosso pecado permanece'.
Palavra da Salvação.
Glória a vós Senhor

sábado, 25 de março de 2017

DIOCESE DE CAICÓ PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DOS AFLITOS

PEREGRINAÇÃO DA RELÍQUIA E IMAGEM DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS
- 1/04/2017 – Sábado:
• 18h - Chegada da Relíquia e Imagem de São Francisco de Assis na Praça Plínio Saldanha. Em seguida, seguem em procissão para a Capela de Nossa Senhora do Rosário, onde haverá a Santa Missa, celebrada por Frei Aureliano Júnior. Após a Missa, a Relíquia segue para a Capela de Santa Cecília, no bairro Novo Jardim.
-02/04/2017 – Domingo:
• 9h - Missa na Capela de Santa Cecília.
• 14h - Visita da Relíquia e Imagem de São Francisco de Assis aos idosos do bairro Novo Jardim e ao Hospital Francisca Pereira Mariz.
• 17h – Novena na residência da mãe de Doquinha, na rua Francisco Elói de Souza, Novo Jardim. Celebrante: Diácono Francisco de Assis.
- 03/04/2017 – Segunda-Feira:
• 7h - Momento de Oração na Capela de Santa Cecília em seguida, visita aos idosos e repartições públicas no bairro Santa Cecília.
• 11h - Momento de Oração ao final das visitas.
• 14h - Visita da Relíquia e Imagem de São Francisco de Assis aos bairros Nova Floresta e Parque das Luzes.
• 17 h – Celebração da Palavra na residência do casal Manuel Fernandes e Maria Lopes, no bairro Parque das Luzes.
- 04/04/2017 – Terça-Feira:• 8h30 - Visita das Relíquias e Imagem de São Francisco aos Idosos do CRAS, com celebração da Santa Missa. Celebrante: Pe. Edson.
• 9h30 – Exposição da Relíquia e Imagem de São Francisco na Igreja Matriz, para visitação dos fiéis e devotos.
• 17h – Momento de Oração na Igreja Matriz e em seguida, a Relíquia e Imagem de São Francisco seguem para a cidade de Caicó/RN.

#minisermao (25/03/17)

Se você fizer silêncio poderá sintonizar a divina palavra interior; e se disser "sim" essa promessa se realizará! Aconteceu na plenitude dos tempos, que o mensageiro dos céus disse a uma menina da periferia de Nazaré: "Alegre-se agraciada! O Senhor está contigo!" Maria ouviu este anúncio, perguntou como, encantou-se e depois respondeu: "Eis-me aqui!" E o verbo se fez carne e habitou no meio de nós. A promessa se realizou e continua se realizando na vida de quem escuta e é capaz de dizer sim. (Lc 1,26-38)
Pe. Joãozinho, Scj.

No ventre de Maria somos recriados!

Todos nós precisamos de um colo, de um ventre para sermos recriados na graça de Deus, "Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus" (Lucas 1, 31).

Meditando o Evangelho do dia - Anunciação do Senhor . Solenidade

Evangelho (Lc 1,26-38)
Eis que conceberás e darás à luz um filho.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 1,26-38.


Naquele tempo, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem, prometida em casamento a um homem chamado José. Ele era descendente de Davi e o nome da Virgem era Maria. O anjo entrou onde ela estava e disse: "Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!"
Maria ficou perturbada com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação. O anjo, então, disse-lhe: "Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi. Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu reino não terá fim".
Maria perguntou ao anjo: "Como acontecerá isso, se eu não conheço homem algum?" O anjo respondeu: "O Espírito virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra. Por isso, o menino que vai nascer será chamado Santo, Filho de Deus. Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice. Este já é o sexto mês daquela que era considerada estéril, porque para Deus nada é impossível". Maria, então, disse: "Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!" E o anjo retirou-se.
Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor.

Reflexão - Lc 1, 26-38
Maria recebe do anjo a noticia de que seria a mãe do Messias. Como poderia acontecer isso se ela não conhece homem? Fazendo uma relação com o Evangelho de ontem, percebemos que mulheres estéreis geraram filhos por obra divina, e filhos que atuaram decisivamente na história da salvação. Maria não podia ter filhos, mas isso era fruto de sua vontade, de sua consagração virginal. E nesta "esterilidade", Deus age. E sem a atuação de um homem, mas do próprio Espírito Santo, Maria gera no seu ventre virginal aquele que é o Senhor da história e que vai mudar radicalmente a vida das pessoas.

Terço das Mulheres - 24 horas para o Senhor

Senhor, "Tu que estás no meu íntimo, ajuda-me a fazer uma viagem ao meu interior para aí me encontrar contigo", 24 horas para o Senhor!

sexta-feira, 24 de março de 2017

Nosso amor por Deus precisa ser puro!

Esse é o amor puro, amor que nos salva e nos coloca perto de Deus. "Ele é o único Deus e não existe outro além dele. Amá-lo de todo o coração, de toda a mente, e com toda a força, e amar o próximo como a si mesmo é melhor do que todos os holocaustos e sacrifícios". (Marcos 12,32-33).

#minisermao (24/03/17)

O primeiro mandamento não é amar, mas escutar. Somente quem tem os ouvidos do coração abertos ama de verdade. Quando aquele mestre da lei perguntou para Jesus qual era o primeiro mandamento, Ele respondeu que está escrito no antigo testamento: "Escuta Israel: amarás o Senhor teu Deus!" Antes de amar é preciso escutar. O povo de Deus repetia isso constantemente para não esquecer: "Shemáh Israel!" Ou seja: "Escuta Israel!" Viver esta dimensão de abertura para o outro é fundamental, para que o amor não seja uma paixão, um sentimento vago, apenas uma boa intenção,  uma ideia ou até uma ideologia. Para amar é preciso escutar. (Mc 12,28b-34)
Pe. Joãozinho, Scj.

Uma grande lição para esta quaresma: se você faz jejum, demonstre isso com suas obras!

São João Crisóstomo ensina:
"A honra do jejum consiste não na abstinência da comida, mas em evitar as ações pecaminosas; quem limita o seu jejum apenas à abstinência de carnes o desonra. Praticas o jejum? Prova-me por tuas obras! Perguntas que tipo de obras?
Se vires um inimigo, reconcilia-te com ele!
Se vires um amigo tendo sucesso, não o inveje!
Se vires uma mulher bonita, passe sem olhar!
Que não apenas a boca jejue, mas também os olhos, e os ouvidos, e os pés, e as mãos, e todos os membros de nossos corpos.
Que as mãos jejuem sendo puras da avareza e da rapina.
Que os pés jejuem, deixando de caminhar para espetáculos imorais.
Que os olhos jejuem, não se detendo sobre feições belas, ou se ocupando de belezas exóticas.

Pois o que é visto é a comida dos olhos, mas se o que for visto for imoral ou proibido, macula-se o jejum e perturba toda a segurança da alma;ma se for moral e seguro, o que é visto adorna o jejum. Pois seria absurdo abster-se da comida permitida por causa do jejum, mas devem os olhos absterem-se até de tocar o que é proibido. Não comes carne? Então não se alimente de luxúria através dos olhos.
Que também os ouvidos jejuem. O jejum dos ouvidos consiste em recusar-se a ouvir assuntos perversos e calúnias. ‘Não receberás notícias falsas’, já foi dito.
Que a boca também jejue de falar coisas vergonhosas e de ficar reclamando. Pois que ganhas se te absténs de pássaros e peixes, e mesmo assim mordes e devoras teu próximo? O que tem fala maligna come a carne de seu irmão, e morde o corpo de seu próximo".
O que São João Crisóstomo nos diz com esta reflexão?
Que os dias de jejum devem ser especialmente dias para evitarmos o uso desordenado ou inclusive exagerado dos outros sentidos: evitar o que não devo fazer, falar, ouvir, desejar; não buscar satisfazer todas as minhas necessidades emocionais e espirituais; não buscar a todo custo saciar minha solidão; não querer saber tudo; não exigir respostas imediatas a tudo o que vier à minha mente etc.
Nós jejuamos buscando a conversão. Portanto, jejuemos de todas estas atitudes contrárias à virtude. Talvez o seu jejum consista em ser mais serviçal (jejum da sua preguiça e comodidade), pois, assim como precisamos rezar com o coração, também precisamos jejuar com o coração.
Talvez você tenha de jejuar da sua ira, sendo mais amável, mais dócil. Ou jejuar da sua soberba, buscando ativamente viver a humildade em atos concretos.
São João Crisóstomo

Pense nisso!

Não se descreve a atitude com a qual o doutor da lei se aproximou de Jesus; supomos que tenha sido a de respeito, reconhecendo em Jesus uma pessoa sábia. Da mesma forma Jesus reconhece a proximidade deste homem com ele, com seu Reino, e o reconhece publicamente. Como Jesus, aprendamos a relacionar-nos com bondade e otimismo, sem medo de que a vida do outro possa diminuir a nossa.

Meditando o Evangelho do dia - Sexta-feira da 3ª Semana da Quaresma

Evangelho (Mc 12,28b-34)
Amarás o Senhor teu Deus. Amarás o teu próximo.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo escrito por Marcos 12,28b-34.

Naquele tempo, Um mestre da Lei, aproximou-se de Jesus e perguntou: 'Qual é o primeiro de todos os mandamentos?' Jesus respondeu: 'O primeiro é este: Ouve, ó Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e com toda a tua força! O segundo mandamento é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo! Não existe outro mandamento maior do que estes'. O mestre da Lei disse a Jesus: 'Muito bem, Mestre! Na verdade, é como disseste: Ele é o único Deus e não existe outro além dele. Amá-lo de todo o coração, de toda a mente, e com toda a força, e amar o próximo como a si mesmo é melhor do que todos os holocaustos e sacrifícios'. Jesus viu que ele tinha respondido com inteligência, e disse: 'Tu não estás longe do Reino de Deus'. E ninguém mais tinha coragem de fazer perguntas a Jesus.
Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor.

Reflexão - Mc 12, 28-34
Muitas pessoas acham que para serem salvas, é suficiente cumprir todas as suas obrigações de ordem religiosa como a participação nas celebrações e atos devocionais. O escriba do Evangelho de hoje afirma que amar a Deus e ao próximo é melhor do que as práticas religiosas, no caso os holocaustos e os sacrifícios, e Jesus confirma isso ao afirmar que ele não está longe do reino de Deus. A nossa vida religiosa só tem sentido enquanto é um reflexo do amor vivido concretamente, ou seja, enquanto é manifestação da nossa solidariedade. Caso contrário, a religião se reduz a práticas mágicas, bruxarias, rituais vazios, que nada acrescentam a ninguém e não nos aproxima de Deus.

quinta-feira, 23 de março de 2017

#minisermao (23/03/17)

O diabo é bonito e sedutor; é perverso e enganador; é fofoqueiro e acusador. Ama o conflito e promove a divisão. Chegaram a acusar Jesus de agir pelo poder de Belzebu, do demônio e Ele disse: "Ora, o diabo... ele só divide e o que pode um reino dividido contra si mesmo?" Na verdade o demônio existe e ele não é feio como aparece nas pinturas: ele é formoso, é bonito e sedutor; é saboroso e sua voz é suave e gentil, mas depois que ele nos faz cair na tentação, ele muda de estratégia e se torna acusador e nos acusa até mesmo diante de Deus como grandes pecadores. Este fofoqueiro, acusador é alguém que promove o conflito e que gosta muito da divisão.  (Lc 11,14-23)
Pe. Joãozinho, scj.

Pense nisso!

O mal impede o bem no coração humano. Como neste caso, impede expressar-se com a voz, louvar com a Palavra ou com o canto, gritar seus medos ou pedir ajuda, comunicar-se e entrar em relação com os outros. O mal faz sua obra. Só Deus pode lutar contra o mal e vencê-lo; tu tens de lutar com as armas de Deus, aliar-te a Jesus e nunca enfrentar o mal sozinho. Unicamente Deus é mais forte; longe dele nossa vida se dispersa. Pede-lhe hoje um coração prudente e proteção para teu coração e tua família.

Meditando o Evangelho do dia - 5ª-feira da 3ª Semana da Quaresma

Evangelho (Lc 11,14-23)

Quem não está comigo, está contra mim.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 11,14-23.

Naquele tempo, Jesus estava expulsando um demônio que era mudo. Quando o demônio saiu, o mudo começou a falar, e as multidões ficaram admiradas. Mas alguns disseram: 'É por Belzebu, o príncipe dos demônios, que ele expulsa os demônios.' Outros, para tentar Jesus, pediam-lhe um sinal do céu. Mas, conhecendo seus pensamentos, Jesus disse-lhes: 'Todo reino dividido contra si mesmo será destruído; e cairá uma casa por cima da outra. Ora, se até Satanás está dividido contra si mesmo, como poderá sobreviver o seu reino?
Vós dizeis que é por Belzebu que eu expulso os demônios. Se é por meio de Belzebu que eu expulso demônios, vossos filhos os expulsam por meio de quem? Por isso, eles mesmos serão vossos juízes. Mas, se é pelo dedo de Deus que eu expulso os demônios, então chegou para vós o Reino de Deus. Quando um homem forte e bem armado guarda a própria casa, seus bens estão seguros. Mas, quando chega um homem mais forte do que ele, vence-o, arranca-lhe a armadura na qual ele confiava, e reparte o que roubou. Quem não está comigo, está contra mim. E quem não recolhe comigo, dispersa.
Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor.

Reflexão - Lc 11, 14-23
Estamos vivendo uma época em que as posições em relação a Satanás são contraditórias. Existem algumas pessoas que dizem que o demônio não existe, que é uma espécie de personificação das más tendências e inclinações das pessoas e que essa história de anjo decaído não passa de mitologia. Por outro lado, existem os que absolutizam a ação do demônio, de modo que tudo é o inimigo agindo, é fruto do maligno e outras coisas do gênero. A Igreja afirma a existência do demônio, mas também afirma que o poder de Deus é infinitamente superior ao dele. No Evangelho de hoje, Jesus nos mostra o seu poder sobre o maligno, poder que se manifesta na totalidade no Mistério Pascal, que é a derrota definitiva do antigo inimigo.

quarta-feira, 22 de março de 2017

#minisermao (22/03/17)

Bons administradores valorizam os feitos de quem veio antes continuando com seu estilo próprio, na descontinuidade. O próprio Jesus afirmou que não veio para abolir a lei, mas dar-lhe pleno cumprimento; plenificar a lei; melhorar o que já era bom. Administradores orgulhosos estragam, destroem tudo o que foi feito pelo seu predecessor; são pessoas que não se garantem, são pessoas medíocres que precisam começar tudo do zero,  como se eles fossem o início da história. Na verdade, somos apenas continuadores! Alguém já veio antes de nós e fez muita coisa boa. Valorizar o que é de bom no predecessor é a nobreza de um bom gestor. (Mt 5,17-19)
Pe. Joãozinho, scj.

O MANDAMENTO INVIOLÁVEL

A severidade com que Jesus tratou a questão da violação dos mandamentos – "mesmo dos menores" – deve ser entendida no contexto de sua pregação e de seu próprio testemunho de vida. Estaria equivocado quem tentasse entendê-la com a mentalidade dos fariseus legalistas da época. O apego deles aos mandamentos estava longe da prática de Jesus. Os fariseus apegavam-se à letra da Lei, o Messias Jesus, no entanto, ia além, buscando viver o espírito escondido nas entrelinhas dessa mesma Lei.
Jesus estava pouco interessado em minúcias, em questões irrelevantes com as quais os fariseus se debatiam. Sua preocupação centrava-se na prática do amor misericordioso, de modo especial em relação aos pobres e marginalizados; na busca constante de fidelidade ao Pai, cuja vontade era um imperativo inquestionável; na relativização das prescrições religiosas, quando estava em jogo a defesa da vida; na liberdade profética diante de tudo quanto se apresentava como empecilho para a realização do Reino. Portanto, seu horizonte era mais vasto e mais radical que o de seus adversários.
Esta é a dinâmica na qual a vida do discípulo deve se inserir, tornando-se para ele como que um mandamento inviolável. E por acreditar que este é o caminho correto de acesso a Deus, o discípulo tanto o pratica como o ensina. O legalismo farisaico é, pois, substituído pela fidelidade incondicional ao Pai.

Meditando o Evangelho do dia - 4ª-feira da 3ª Semana da Quaresma

Evangelho (Mt 5,17-19)
Aquele que praticar e ensinar os mandamentos, este será considerado grande.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 5,17-19.
 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas para dar-lhes pleno cumprimento. Em verdade, eu vos digo: antes que o céu e a terra deixem de existir, nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da Lei, sem que tudo se cumpra.
Portanto, quem desobedecer a um só destes mandamentos, por menor que seja, e ensinar os outros a fazerem o mesmo, será considerado o menor no Reino dos Céus. Porém, quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos Céus.
Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor.

Reflexão - Mt 5, 17-29
Todos nós estamos de acordo que devemos obedecer a Deus, mas não estamos muito de acordo se perguntarmos por que devemos obedecer a Deus. Isto porque existem duas formas de obediência. A primeira é a obediência de quem reconhece o poder de quem manda e se submete a este poder por causa das vantagens da obediência ou das consequências da desobediência. É aquele que diz que manda quem pode e obedece quem tem juízo. A segunda é de quem reconhece os valores que motivam a autoridade e assume esses valores como próprios, vendo na obediência a grande forma de concretização desses valores. Jesus não veio mudar a lei, mas mostrar as suas motivações, os seus valores, a fim de que a sua observância não seja um jugo, mas uma forma de realização pessoal.