A missão de liderança confiada a
Pedro exigiu dele uma explicitação de sua fé. Antes de assumir o papel
de guia da comunidade, foi preciso deixar claro seu pensamento a
respeito de Jesus, de forma a prevenir futuros desvios.
Se tivesse Jesus na conta de um
messias puramente humano, correria o risco de transformar a comunidade
numa espécie de grupo guerrilheiro, disposto a impor o Reino de Deus a
ferro e fogo. A violência seria o caminho escolhido para fazer o Reino
acontecer.
Se o considerasse um dos antigos
profetas reencarnados, transformaria a Boa-Nova do Reino numa
proclamação apocalíptica do fim do mundo, impondo medo e terror. De
fato, pensava-se que, no final dos tempos, muitos profetas do passado
haveriam de reaparecer.
Se a fé de Pedro fosse
imprecisa, não sabendo bem a quem havia confiado a sua vida, correria o
risco de proclamar uma mensagem insossa, e levar a comunidade a ser como
um sal que perdeu seu sabor, ou uma luz posta no lugar indevido. Só
depois que Pedro professou sua fé em Jesus, como o “Messias, o Filho do
Deus vivo”, foi-lhe confiada a tarefa de ser “pedra” sobre a qual seria
construída a comunidade dos discípulos: a sua Igreja. Entre muitos
percalços, esse apóstolo deu provas de sua adesão a Jesus, selando o seu
testemunho com a própria vida, demonstração suprema de sua fé.
Portanto, sua missão foi levada até o fim.
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