Mansidão e humildade foram
duas virtudes postas em prática por Jesus, ao longo de seu ministério.
Virtudes importantes para quem pretende ser Mestre, sem opressão nem
arrogância em relação aos seus discípulos. Virtudes que o distinguiam de
outros mestres que transformavam a religião num amontoado de
prescrições rígidas e minuciosas, de difícil cumprimento. Virtudes
necessárias para quem se reconhece enviado, com a missão de fazer a
salvação acontecer na vida do povo, sem a intenção de se colocar no
lugar do Pai.
Por ser manso e humilde, o
relacionamento de Jesus com os fracos e pequeninos caracterizou-se pela
paciência e pela benevolência, pelo respeito ao ritmo e ao momento de
cada um. Ele sabia descer até as pessoas para solidarizar-se com suas
dores e sofrimentos. Com os marginalizados, recusava-se a agir de
maneira preconceituosa e arbitrária, por reconhecer-lhes a dignidade de
seres humanos. Com os doentes e atribulados pelos maus espíritos,
fazia-se próximo, infundindo neles a esperança de cura.
Todavia, o Jesus manso e
humilde soube ser severo com os prepotentes e injustos, evidenciando sua
opção pelo Reino. Embora certas atitudes e palavras do Mestre possam
parecer chocantes, na verdade, são expressão de sua humildade e
mansidão, por se tratarem de um recurso extremo para chamar as pessoas à
conversão.
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