A declaração de que os
pecados do homem paralítico estavam perdoados causou espanto nos
adversários de Jesus. Parecia-lhes ser uma ofensa a Deus o que ouviam.
Como alguém, no caso Jesus, tinha a ousadia de usurpar um poder divino? O
gesto de Jesus era inaceitável para eles. Não passava de uma autêntica
blasfêmia.
Jesus não se dobrou a esta
interpretação maldosa e errada de sua ação. E se declarou capaz de fazer
algo ainda mais divino: curar a paralisia daquele homem. Demonstrando
seu poder de curar, Jesus manifestou sua condição de Filho do homem,
revestido com poderes conferidos pelo Pai, para agir em nome do Pai.
Jesus, que perdoou os pecados daquele homem, também o libertou de sua
limitação física. Portanto, ao agir, Jesus não se prevalece de um poder
que não lhe pertence. Ele não é um inimigo de Deus. Antes, é o
instrumento escolhido por Deus para que a humanidade se beneficiasse da
ação divina de perdoar os pecados e curar as pessoas de seus males.
O duplo gesto de Jesus dá-se
na mais total fidelidade a Deus, sem que lhe seja feita concorrência ou
que seus poderes sejam usurpados. Contemplar os gestos poderosos de
Jesus correspondia a ver Deus prodigalizando a humanidade com seus bens.
Porém, os inimigos de Jesus se recusavam a curvar-se diante da
evidência.
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