Jesus procurou evitar que sua
partida para junto do Pai, a sua morte, fosse motivo de perturbação para
os seus discípulos. Na perspectiva deles, isto resultaria na perda de
um amigo querido, com quem haviam estabelecido um relacionamento de
profunda confiança.
Não era isso, porém, que
preocupava Jesus. No seu horizonte, despontava a ação malévola do
Príncipe deste mundo, cuja ação enganadora visaria desviar os discípulos
do caminho do Mestre, causando-lhes toda sorte de dificuldades. De
fato, a perspectiva de perseguição não deixava de ser preocupante. Se os
discípulos tivessem consciência do que isto significava, teriam mais
razão ainda para entristecer-se e perturbar-se.
Apesar da incerteza do futuro,
os discípulos deveriam alegrar-se. Ao partir, Jesus os precederia no
caminho que todos haveriam de trilhar também. E, na casa do Pai, lhes
prepararia um lugar.
A partida de Jesus era
inevitável e inadiável. Sua permanência terrena junto aos seus não podia
prolongar-se indefinidamente. Uma vez concluída sua missão terrena, era
hora de começar sua missão celeste. Aos discípulos caberia levar
adiante a missão do Mestre. A compreensão disto deveria afastar deles
todo medo e toda tristeza. Embora sendo uma dura experiência, os
discípulos tinham motivos para se alegrar com a partida de Jesus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário