O choro de Jesus por Jerusalém é o mesmo de muitas mães pelos filhos. É o
choro de muitas mulheres pelos seus casamentos. "Quando Jesus se
aproximou de Jerusalém e viu a cidade, começou a chorar" (Lucas 19, 41).
Jesus amava Jerusalém, a sua cidade, Ele nasceu ali. Veja bem,
Jerusalém foi a cidade construída pelo rei Davi, é o centro da fé de
toda Israel. É onde está o templo, a imagem da Jerusalém Celeste.
Jesus amou sua cidade, mas não refiro aos prédios, edifícios, mas o
Seu povo, os que ali vivem. Jerusalém com tudo o que era: com o povo, os
governantes, chefes, líderes religiosos, e esses (os líderes) não foram
capazes de acolher Jesus.
Se Jesus veio para apresentar a salvação a partir de Jerusalém, a
cidade não O reconheceu, desprezou e matou o seu Rei, o seu Senhor.
O choro de Jesus por Jerusalém é o mesmo de muitas mães, que choram
pelos seus filhos. É o choro de muitas mulheres pelos seus casamentos. É
o choro de muitos de nós, quando investimos nossas vidas na
evangelização, no bem e, frustramo-nos com aquilo que fazemos. Pois, não
colhemos os melhores resultados.
Somos solidários com o choro de Jesus, e Ele é solidário com o nosso
choro, com o clamor de muitos de nós: a mãe que sofre, o outro que passa
por uma situação difícil na vida, aquele que sofre porque investiu a
sua vida num relacionamento e frustrou-se, desgostou-se com aquilo.
Não somos os únicos frustrados no mundo; a decepção também faz parte
da vida. O que depender do outro, compete somente a ele. Na vida a dois,
a mulher dá tudo de si, e para dizer que não estou olhando somente para
o lado das mulheres, às vezes, o homem dá tudo de si, mas se a outra
parte não corresponde, fazer o quê?
Os pais dão o melhor de si, na criação dos filhos; esses crescem e,
depois, tomam outro caminho. O que fazer? Não podemos ter medo ou receio
de chorar ou lamentar diante das frustrações que temos na vida.
O Jesus que chorou e se frustrou diante de Sua cidade, porque ela não
reconheceu o tempo da visita de Deus, é também,o choro que temos de ter
quando não reconhecemos, não acolhemos as visitas que Deus faz em nossa
vida.
Jesus foi consolado pelo Pai, ainda que tenha experimentado o féu
mais amargo, a amargura da cruz, Ele teve todo o consolo de vida.
Sejamos consolo, conforto e presença de Deus diante das agonias que
muitos enfrentam, diante das circunstâncias da vida que não deram certo
ou que causaram frustração.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
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