Precisamos corrigir uns aos outros, mas corrigir não quer dizer diminuir ou combater o próximo. "Se teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, mas em particular, à sós contigo! Se ele te ouvir, tu ganhaste o teu irmão" (Mateus 18, 15).
A correção fraterna é uma das necessidades básicas da vida humana e cristã. Precisamos corrigir uns aos outros, mas corrigir não quer dizer diminuir ou combater o próximo. Pelo contrário, quer dizer "eu amo e quero o bem do meu irmão".
Quem corrige precisa também saber ser corrigido. São duas coisas difíceis: saber corrigir os outros e aceitar a correção. Uma disposição fundamental ou uma virtude essencial para isso é a humildade, pois, sem ela, não podemos corrigir ninguém nem sermos corrigidos. O humilde sabe como falar com sabedoria, sem arrogância, sem querer ser mais importante, sem querer se colocar acima do outro. O humilde sabe acolher, sabe agradecer: "Que bom que você se preocupou comigo!".
Algumas coisas são fundamentais e não podem faltar numa correção fraterna. Primeiro, é a caridade. Só se corrige quem ama e com amor, porque o amor renova e faz nova todas as coisas.
A mãe corrige o filho, porque o ama, mas a mãe e o pai precisam corrigir o filho de forma amorosa. Às vezes, é preciso ter um pouco de vigor, mas sem jamais perdermos o amor, porque o amor é a graça essencial e fundamental.
Toda e qualquer correção a ser recebida ou a ser dada precisa ser revestida pelo Espírito da caridade. Pode ser que alguém o tenha ofendido, pode ser que aquilo que a pessoa lhe fez o feriu; os ânimos ficaram exaltados, então, há um certo rancor. É preciso acalmar o coração. Nunca corrija ninguém inflamado pela ira, pelo ressentimento, pela mágoa, porque a correção não vai ser boa; pelo contrário, o "caldo vai engrossar" e as coisas vão se tornar muito mais complicadas.
A segunda coisa: a santa prudência. Tenha muita prudência em corrigir alguém, saber o momento certo, a hora certa de dizer as palavras que precisam ser ditas. Nós, muitas vezes, temos mil razões e mil coisas para corrigir alguém, apenas as usamos de forma errada e na hora errada, pois uma correção que poderia ser boa servirá mais para estragar as situações e assim por diante.
Seja discreto, porque a discrição é um elemento essencial e fundamental. Ninguém pode corrigir o outro. Se sairmos falando mal da pessoa, dos defeitos dela, de seus pecados e problemas para os outros, já perdemos o crédito com ele.
Se eu vir alguém errar, preciso guardar o que vi. Só tenho o direito de falar com aquela pessoa. Se preciso de uma pessoa mais sábia, a Igreja por exemplo, para me ajudar e me orientar, eu vou procurar ajuda para que eu me fortaleça. Não para contar uma fofoca ou criar um espírito mais azedo. De forma nenhuma! Então, a discrição é saber falar diretamente com aquela pessoa.
Ganhar o irmão não quer dizer que eu tenha razão ou que ele me dê razão, mas é tirá-lo daquela situação errada, pecaminosa, da ofensa que ele nos fez. Ganhar o outro não é ter razão sobre ele, é não deixar que as coisas azedem, que as relações se percam e eles se afastem do caminho do Senhor.
Se, com tudo isso, ainda não conseguirmos guardar o irmão, as coisas não conseguirem se ajeitar, peçamos a ajuda da Igreja, mas nunca recorramos à fofoca, ao ódio, à difamação e ao ressentimento, porque esses sentimentos não nos ajudam, de forma nenhuma, a ganhar o outro e salvá-lo.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
A correção fraterna é uma das necessidades básicas da vida humana e cristã. Precisamos corrigir uns aos outros, mas corrigir não quer dizer diminuir ou combater o próximo. Pelo contrário, quer dizer "eu amo e quero o bem do meu irmão".
Quem corrige precisa também saber ser corrigido. São duas coisas difíceis: saber corrigir os outros e aceitar a correção. Uma disposição fundamental ou uma virtude essencial para isso é a humildade, pois, sem ela, não podemos corrigir ninguém nem sermos corrigidos. O humilde sabe como falar com sabedoria, sem arrogância, sem querer ser mais importante, sem querer se colocar acima do outro. O humilde sabe acolher, sabe agradecer: "Que bom que você se preocupou comigo!".
Algumas coisas são fundamentais e não podem faltar numa correção fraterna. Primeiro, é a caridade. Só se corrige quem ama e com amor, porque o amor renova e faz nova todas as coisas.
A mãe corrige o filho, porque o ama, mas a mãe e o pai precisam corrigir o filho de forma amorosa. Às vezes, é preciso ter um pouco de vigor, mas sem jamais perdermos o amor, porque o amor é a graça essencial e fundamental.
Toda e qualquer correção a ser recebida ou a ser dada precisa ser revestida pelo Espírito da caridade. Pode ser que alguém o tenha ofendido, pode ser que aquilo que a pessoa lhe fez o feriu; os ânimos ficaram exaltados, então, há um certo rancor. É preciso acalmar o coração. Nunca corrija ninguém inflamado pela ira, pelo ressentimento, pela mágoa, porque a correção não vai ser boa; pelo contrário, o "caldo vai engrossar" e as coisas vão se tornar muito mais complicadas.
A segunda coisa: a santa prudência. Tenha muita prudência em corrigir alguém, saber o momento certo, a hora certa de dizer as palavras que precisam ser ditas. Nós, muitas vezes, temos mil razões e mil coisas para corrigir alguém, apenas as usamos de forma errada e na hora errada, pois uma correção que poderia ser boa servirá mais para estragar as situações e assim por diante.
Seja discreto, porque a discrição é um elemento essencial e fundamental. Ninguém pode corrigir o outro. Se sairmos falando mal da pessoa, dos defeitos dela, de seus pecados e problemas para os outros, já perdemos o crédito com ele.
Se eu vir alguém errar, preciso guardar o que vi. Só tenho o direito de falar com aquela pessoa. Se preciso de uma pessoa mais sábia, a Igreja por exemplo, para me ajudar e me orientar, eu vou procurar ajuda para que eu me fortaleça. Não para contar uma fofoca ou criar um espírito mais azedo. De forma nenhuma! Então, a discrição é saber falar diretamente com aquela pessoa.
Ganhar o irmão não quer dizer que eu tenha razão ou que ele me dê razão, mas é tirá-lo daquela situação errada, pecaminosa, da ofensa que ele nos fez. Ganhar o outro não é ter razão sobre ele, é não deixar que as coisas azedem, que as relações se percam e eles se afastem do caminho do Senhor.
Se, com tudo isso, ainda não conseguirmos guardar o irmão, as coisas não conseguirem se ajeitar, peçamos a ajuda da Igreja, mas nunca recorramos à fofoca, ao ódio, à difamação e ao ressentimento, porque esses sentimentos não nos ajudam, de forma nenhuma, a ganhar o outro e salvá-lo.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
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