No final da celebração em Ciudad Juarez o Papa Francisco despediu-se de todos os mexicanos dizendo ter-se sentido acolhido com carinho, e todos confiou à Virgem de Guadalupe para serem testemunhas de misericórdia. Publicamos o texto integral da despedida do Papa Francisco da sua visita ao México, naquela que foi a 12ª Viagem Apostólica do seu pontificado:
"Muito obrigado, Senhor Bispo, pelas suas sentidas palavras de despedida. É o momento de dar graças a Nosso Senhor por me ter permitido esta visita ao México.
Não quero partir sem agradecer o esforço de quantos tornaram possível esta peregrinação. Agradeço a todas as autoridades federais e locais o interesse e a solícita ajuda com que contribuíram para o bom andamento dos eventos destes dias. Ao mesmo tempo, gostaria de agradecer, cordialmente, a todos aqueles que colaboraram, de várias maneiras, para esta visita pastoral. A tantos servidores anônimos, que, no silêncio, deram o seu melhor para que estes dias fossem uma festa de família, obrigado! Senti-me acolhido, recebido pelo carinho, a festa, a esperança desta grande família mexicana: obrigado por me terem aberto as portas da vossa vida, da vossa nação.
No seu poema Irmandade, assim se expressa o vosso escritor Octávio Paz:
«Sou homem: duro pouco e é enorme a noite.
Mas olho para o alto: as estrelas escrevem.
Sem entender, compreendo: também sou escritura
e, neste mesmo instante, alguém me está decifrando»
(«Un sol más vivo»: Antologia poética, México 2014, 268).
Valendo-me destas estupendas palavras, ouso sugerir que aquele que nos decifra e traça o caminho é a presença misteriosa mas real de Deus na carne concreta de todas as pessoas, especialmente dos mais pobres e necessitados do México. A noite pode parecer-nos enorme e muito escura, mas, nestes dias, pude constatar que, no povo mexicano, há tantas luzes que anunciam esperança; pude ver, em muitos dos seus testemunhos, em muitos dos seus rostos, a presença de Deus que continua a caminhar nesta terra guiando-os e sustentando a esperança; muitos homens e mulheres, com o seu esforço de cada dia, tornam possível que esta sociedade mexicana não fique às escuras. São profetas do amanhã, são sinal dum novo amanhecer.
Que Maria, a Mãe de Guadalupe, continue a visitar-vos, continue a caminhar por estas terras, ajudando-vos a ser missionários e testemunhas de misericórdia e reconciliação.
Mais uma vez, muito obrigado".
"Muito obrigado, Senhor Bispo, pelas suas sentidas palavras de despedida. É o momento de dar graças a Nosso Senhor por me ter permitido esta visita ao México.
Não quero partir sem agradecer o esforço de quantos tornaram possível esta peregrinação. Agradeço a todas as autoridades federais e locais o interesse e a solícita ajuda com que contribuíram para o bom andamento dos eventos destes dias. Ao mesmo tempo, gostaria de agradecer, cordialmente, a todos aqueles que colaboraram, de várias maneiras, para esta visita pastoral. A tantos servidores anônimos, que, no silêncio, deram o seu melhor para que estes dias fossem uma festa de família, obrigado! Senti-me acolhido, recebido pelo carinho, a festa, a esperança desta grande família mexicana: obrigado por me terem aberto as portas da vossa vida, da vossa nação.
No seu poema Irmandade, assim se expressa o vosso escritor Octávio Paz:
«Sou homem: duro pouco e é enorme a noite.
Mas olho para o alto: as estrelas escrevem.
Sem entender, compreendo: também sou escritura
e, neste mesmo instante, alguém me está decifrando»
(«Un sol más vivo»: Antologia poética, México 2014, 268).
Valendo-me destas estupendas palavras, ouso sugerir que aquele que nos decifra e traça o caminho é a presença misteriosa mas real de Deus na carne concreta de todas as pessoas, especialmente dos mais pobres e necessitados do México. A noite pode parecer-nos enorme e muito escura, mas, nestes dias, pude constatar que, no povo mexicano, há tantas luzes que anunciam esperança; pude ver, em muitos dos seus testemunhos, em muitos dos seus rostos, a presença de Deus que continua a caminhar nesta terra guiando-os e sustentando a esperança; muitos homens e mulheres, com o seu esforço de cada dia, tornam possível que esta sociedade mexicana não fique às escuras. São profetas do amanhã, são sinal dum novo amanhecer.
Que Maria, a Mãe de Guadalupe, continue a visitar-vos, continue a caminhar por estas terras, ajudando-vos a ser missionários e testemunhas de misericórdia e reconciliação.
Mais uma vez, muito obrigado".
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