Neste I domingo da Quaresma (14/02), após a celebração da Santa missa em Ecatepec, arredores da Cidade do México, o Papa Francisco presidiu, às 12 horas locais, a celebração da cerimônia mariana do Ângelus
Na sua alocução Francisco iniciou por comentar a primeira leitura deste domingo, na qual Moisés adverte o povo dizendo: no momento da colheita, no momento da abundância, no momento das primícias, não te esqueças das tuas origens. A ação de graças nasce e cresce numa pessoa e num povo que seja capaz de recordar: tem as suas raízes no passado, que, entre luzes e sombras, gerou o presente. Enfim, no momento em que podemos dar graças a Deus porque a terra deu o seu fruto e assim é possível fazer o pão, Moisés convida o seu povo a fazer memória enumerando as situações difíceis pelas quais teve de passar (cf. Dt 26, 5-11).
Neste dia de festa, prosseguiu o Santo Padre, dirigindo-se aos fiéis e peregrinos presentes, podemos celebrar o Senhor que foi tão bom para conosco. Damos graças pela oportunidade de estarmos reunidos para apresentar ao Pai Bom as primícias dos nossos filhos e netos, dos nossos sonhos e projetos; as primícias das nossas culturas, das nossas línguas e tradições; as primícias do nosso compromisso.
Quanto teve de enfrentar, cada um de vós, para chegar aqui! Quanto tivestes de «caminhar» para fazer deste dia uma festa, uma ação de graças! E quanto caminharam outros que não puderam chegar, mas, graças a eles, pudemos continuar para diante, salientou Francisco.
Hoje, disse ainda Francisco, seguindo o convite de Moisés, queremos como povo fazer memória, queremos ser povo com a memória viva da passagem de Deus por meio do seu povo, no seu povo. Queremos olhar os nossos filhos, sabendo que herdarão não só uma terra, uma língua, uma cultura e uma tradição, mas sobretudo herdarão o fruto vivo da fé que recorda a passagem certa de Deus por esta terra; a certeza da sua proximidade e solidariedade. Uma certeza que nos ajuda a levantar a cabeça e, com vivo desejo, esperar a aurora.
Também eu me uno a vós, a esta vossa memória reconhecida, a esta recordação viva da passagem de Deus na vossa vida. Olhando os vossos filhos, tenho vontade de repetir as palavras que um dia o Beato Paulo VI dirigiu ao povo mexicano: «Um cristão não pode deixar de manifestar a sua solidariedade e de dar o melhor de si mesmo, para resolver a situação daqueles a quem ainda não chegou o pão da cultura ou a oportunidade de encontrar um trabalho honrado (...), não pode ficar insensível enquanto as novas gerações não encontrarem o caminho para realizar as suas legítimas aspirações». E continua com um convite a estar «sempre na vanguarda em todos os esforços (…) para melhorar a situação daqueles que padecem necessidade», a ver «em cada homem um irmão e, em cada irmão, a Cristo» (Rádiomensagem no 75º aniversário da coroação de N.S. de Guadalupe, 12 de Outubro de 1970).
Por fim, o Papa convidou novamente os presentes a estar na vanguarda, a «primeirear» em todas as iniciativas que possam ajudar a fazer desta abençoada terra mexicana uma terra de oportunidades; onde não haja necessidade de emigrar para sonhar; onde não haja necessidade de se deixar explorar para ter emprego; onde não haja necessidade de fazer do desespero e da pobreza de muitos ocasião para o oportunismo de poucos. Uma terra que não tenha de chorar homens e mulheres, jovens e crianças que acabam destruídos nas mãos dos traficantes da morte.
Esta terra, concluiu dizendo Francisco, tem o sabor da «Guadalupana», Aquela que sempre nos precedeu no amor; digamos-lhes: Virgem Santa, «ajudai-nos a resplandecer com o testemunho da comunhão, do serviço, da fé ardente e generosa, da justiça e do amor aos pobres, para que a alegria do Evangelho chegue até aos confins da terra e nenhuma periferia fique privada da sua luz» (Exort. ap. Evangelii gaudium, 288).
Na sua alocução Francisco iniciou por comentar a primeira leitura deste domingo, na qual Moisés adverte o povo dizendo: no momento da colheita, no momento da abundância, no momento das primícias, não te esqueças das tuas origens. A ação de graças nasce e cresce numa pessoa e num povo que seja capaz de recordar: tem as suas raízes no passado, que, entre luzes e sombras, gerou o presente. Enfim, no momento em que podemos dar graças a Deus porque a terra deu o seu fruto e assim é possível fazer o pão, Moisés convida o seu povo a fazer memória enumerando as situações difíceis pelas quais teve de passar (cf. Dt 26, 5-11).
Neste dia de festa, prosseguiu o Santo Padre, dirigindo-se aos fiéis e peregrinos presentes, podemos celebrar o Senhor que foi tão bom para conosco. Damos graças pela oportunidade de estarmos reunidos para apresentar ao Pai Bom as primícias dos nossos filhos e netos, dos nossos sonhos e projetos; as primícias das nossas culturas, das nossas línguas e tradições; as primícias do nosso compromisso.
Quanto teve de enfrentar, cada um de vós, para chegar aqui! Quanto tivestes de «caminhar» para fazer deste dia uma festa, uma ação de graças! E quanto caminharam outros que não puderam chegar, mas, graças a eles, pudemos continuar para diante, salientou Francisco.
Hoje, disse ainda Francisco, seguindo o convite de Moisés, queremos como povo fazer memória, queremos ser povo com a memória viva da passagem de Deus por meio do seu povo, no seu povo. Queremos olhar os nossos filhos, sabendo que herdarão não só uma terra, uma língua, uma cultura e uma tradição, mas sobretudo herdarão o fruto vivo da fé que recorda a passagem certa de Deus por esta terra; a certeza da sua proximidade e solidariedade. Uma certeza que nos ajuda a levantar a cabeça e, com vivo desejo, esperar a aurora.
Também eu me uno a vós, a esta vossa memória reconhecida, a esta recordação viva da passagem de Deus na vossa vida. Olhando os vossos filhos, tenho vontade de repetir as palavras que um dia o Beato Paulo VI dirigiu ao povo mexicano: «Um cristão não pode deixar de manifestar a sua solidariedade e de dar o melhor de si mesmo, para resolver a situação daqueles a quem ainda não chegou o pão da cultura ou a oportunidade de encontrar um trabalho honrado (...), não pode ficar insensível enquanto as novas gerações não encontrarem o caminho para realizar as suas legítimas aspirações». E continua com um convite a estar «sempre na vanguarda em todos os esforços (…) para melhorar a situação daqueles que padecem necessidade», a ver «em cada homem um irmão e, em cada irmão, a Cristo» (Rádiomensagem no 75º aniversário da coroação de N.S. de Guadalupe, 12 de Outubro de 1970).
Por fim, o Papa convidou novamente os presentes a estar na vanguarda, a «primeirear» em todas as iniciativas que possam ajudar a fazer desta abençoada terra mexicana uma terra de oportunidades; onde não haja necessidade de emigrar para sonhar; onde não haja necessidade de se deixar explorar para ter emprego; onde não haja necessidade de fazer do desespero e da pobreza de muitos ocasião para o oportunismo de poucos. Uma terra que não tenha de chorar homens e mulheres, jovens e crianças que acabam destruídos nas mãos dos traficantes da morte.
Esta terra, concluiu dizendo Francisco, tem o sabor da «Guadalupana», Aquela que sempre nos precedeu no amor; digamos-lhes: Virgem Santa, «ajudai-nos a resplandecer com o testemunho da comunhão, do serviço, da fé ardente e generosa, da justiça e do amor aos pobres, para que a alegria do Evangelho chegue até aos confins da terra e nenhuma periferia fique privada da sua luz» (Exort. ap. Evangelii gaudium, 288).
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