O caminho para irmos ao encontro do Senhor é o caminho da conversão; é
nos convertermos de verdade. "Foi assim que João Batista apareceu no
deserto, pregando um batismo de conversão para o perdão dos pecados"
(Marcos 1,4).
João Batista era o homem da conversão e da penitência. Ele aparece
para nós, neste domingo do Advento, apontando-nos a direção por onde
precisamos caminhar para irmos ao encontro do Senhor, para encontrá-Lo
presente no meio de nós.
O caminho para irmos ao encontro do Senhor é o caminho da conversão, é
nos convertermos de verdade. E para isso, João nos aponta a penitência.
Às vezes, causamos arrepio quando falamos em penitência, parece que ela
tem um sentido tão negativo, pesado; quando na verdade, a penitência
não é nada mais do que: nos purificarmos dos excessos. Têm excesso de:
vaidades; orgulho; das nossas práticas; no que comemos e bebemos.
Está na hora de podarmos, porque uma árvore só vai se tornar
frondosa, se aqueles galhos que não estão servindo para nada forem
podados. Até coisas que, parecem boas em nossa vida, precisamos podar.
Precisamos penitenciar nossos atos, nossas atitudes, para que a nossa
conversão seja frutuosa.
Achamo-nos, muitas vezes, convertidos. Vamos à igreja, rezamos,
fazemos as nossas práticas. As práticas não são conversão, são meios
para nos convertermos, mas precisamos transformá-las em verdadeiros
frutos de conversão em nossa vida, precisamos penitenciar a nossa forma
de falar, de nos dirigirmos uns aos outros.
Quantas vezes nos deixamos azedar e amargurar com a vida, tornamos as
coisas duras e dolorosas, com nossas palavras e atitudes, por vezes a
falta de cuidado para se dirigir ao outro e assim por diante.
O primeiro "termômetro" da nossa conversão é a nossa família. Como
nos relacionamos uns com os outros, como está a nossa convivência com os
mais próximos de nós, diz muito sobre a nossa conversão.
Quando somos chamados à penitência, somos chamados a rever as nossas
atitudes e gestos; somos chamados a repensar a forma como conduzimos e
levamos a nossa vida. Por isso, hoje, a graça que pedimos a Deus é a de
termos um coração convertido.
João é para nós uma “seta”, é aquele que aponta-nos o caminho e indica a nós quem é o Salvador.
Aprendamos com João, esse homem de ascese, de vida espiritual
renovada e elevada a elevarmos o nosso coração a Deus por uma verdadeira
conversão.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
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