Card. Baldisseri: necessária maior preparação ao matrimônio!
Cidade do Vaticano (RV) – É necessário dar vida a "um novo catecumenato em preparação ao matrimônio", como antídoto ao multiplicar-se de celebrações do Sacramento "nulas ou inconsistentes".
A proposta formulada em 21 de janeiro pelo Papa Francisco durante a audiência ao Tribunal da Rota Romana, foi retomada e relançada nos dias passados pelo Cardeal Lorenzo Baldisseri em Terni, Itália, durante um encontro sobre a Amoris laetitia, realizado no âmbito das celebrações de São Valentim.
Para apresentar os conteúdos da Exortação Apostólica, o Secretário Geral do Sínodo dos Bispos escolheu uma chave de leitura (sintetizada no tema da conferência "Chamados à alegria do amor") particularmente pertinente à experiência dos casais que se preparam para celebrar o matrimônio.
Uma experiência – recordou o Cardeal – que conduz os jovens a compreender melhor "a beleza do projeto que são chamados a realizar com alegria e humildade, conscientes da sua fragilidade e confiantes no poder da graça que os acompanha e sustenta".
Não por acaso, após um meticuloso exame de algumas seções do documento, Baldisseri insistiu, em modo particular, no conteúdo do Capítulo 6, onde são oferecidas aos noivos indicações úteis para "aproximarem-se ao grande mistério do amor conjugal e familiar".
Especificamente, a atenção do purpurado é dirigida aos itinerários de acompanhamento para o matrimônio, animados pela comunidade cristã. Com a recomendação de não limitar-se a "uma série de encontros temáticos onde a preocupação que prevalece é a de comunicar noções, dar sugestões, fornecer indicações", mas sim, de realizar "um caminho de autêntica iniciação ao Sacramento do Matrimônio, cuja preparação poderia consistir em encontros entre famílias missionárias e jovens casais, para a troca de ideias e vivência de experiências".
Da vivência com outros casais e com agentes pastorais, nascem sustento e enriquecimento recíproco, mas – advertiu o Cardeal – podem emergir também "divergências que às vezes dizem respeito à questões de fundo: por exemplo, sobre o modo de entender o projeto de vida comum, as perspectivas de trabalho, a educação dos filhos, a relação com os parentes do (a) parceiro (a)".
Deve ser levada em consideração, portanto, a possibilidade de se "dar conta de que não é razoável insistir naquela relação" e "estar prontos, até mesmo, em adiar as núpcias", quando viessem à tona "pontos não suficientemente aprofundados dentro do casal".
Em substância, é importante que os noivos compreendam que "o sentimento amoroso e a atração" não são suficientes para superar os obstáculos. E "nesta missão delicada, desempenham um papel fundamental os sacerdotes, especialmente no momento em que encontram juntos e individualmente" os casais.
Deles se espera "uma pedagogia do amor" que "que leve efetivamente em consideração os jovens de hoje" e ofereça também "pontos de referência precisos e concretos, aos quais se possa recorrer nos momentos mais difíceis, como lugares, pessoas, consultores e casas abertas".
Nasce precisamente da exigência de "tornar sempre mais eficazes os itinerários" formativos, a proposta de fazê-los tornar "parte integrante de todo o procedimento sacramental matrimonial", assim como ocorre no Batismo de adultos, no qual "o catecumenato é parte do processo sacramental".
Um desejo expresso pelos Padres sinodais e reiterado pelo Pontífice no recente discurso à Rota Romana, junto ao convite para "acompanhar os jovens esposos nos primeiros anos de vida conjugal", para evitar que abandonem a vida comunitária cristã e enfrentem sozinhos os primeiros importantes desdobramentos da experiência familiar, como o nascimento dos filhos.
Ao concluir, o Secretário Geral do Sínodo dos Bispos confirmou a "acolhida muito positiva" e "o amplo consenso" que a Amoris laetitia suscitou na Igreja em todo o mundo, sobretudo pela sua "capacidade de resposta às expectativas presentes no coração do homem". E destacou a ligação entre a Exortação Apostólica e o próximo Sínodo dos Bispos programado para outubro de 2018 sobre o tema: "Os jovens, a fé e o discernimento vocacional". Uma ligação construída na íntima "correlação entre jovens, escolhas vocacionais e família", que o purpurado descreveu recorrendo a três palavras-chaves contidas no documento pós-sinodal: "alegria, discernimento, acompanhamento".
(L'Osservatore Romano – JE)
A proposta formulada em 21 de janeiro pelo Papa Francisco durante a audiência ao Tribunal da Rota Romana, foi retomada e relançada nos dias passados pelo Cardeal Lorenzo Baldisseri em Terni, Itália, durante um encontro sobre a Amoris laetitia, realizado no âmbito das celebrações de São Valentim.
Para apresentar os conteúdos da Exortação Apostólica, o Secretário Geral do Sínodo dos Bispos escolheu uma chave de leitura (sintetizada no tema da conferência "Chamados à alegria do amor") particularmente pertinente à experiência dos casais que se preparam para celebrar o matrimônio.
Uma experiência – recordou o Cardeal – que conduz os jovens a compreender melhor "a beleza do projeto que são chamados a realizar com alegria e humildade, conscientes da sua fragilidade e confiantes no poder da graça que os acompanha e sustenta".
Não por acaso, após um meticuloso exame de algumas seções do documento, Baldisseri insistiu, em modo particular, no conteúdo do Capítulo 6, onde são oferecidas aos noivos indicações úteis para "aproximarem-se ao grande mistério do amor conjugal e familiar".
Especificamente, a atenção do purpurado é dirigida aos itinerários de acompanhamento para o matrimônio, animados pela comunidade cristã. Com a recomendação de não limitar-se a "uma série de encontros temáticos onde a preocupação que prevalece é a de comunicar noções, dar sugestões, fornecer indicações", mas sim, de realizar "um caminho de autêntica iniciação ao Sacramento do Matrimônio, cuja preparação poderia consistir em encontros entre famílias missionárias e jovens casais, para a troca de ideias e vivência de experiências".
Da vivência com outros casais e com agentes pastorais, nascem sustento e enriquecimento recíproco, mas – advertiu o Cardeal – podem emergir também "divergências que às vezes dizem respeito à questões de fundo: por exemplo, sobre o modo de entender o projeto de vida comum, as perspectivas de trabalho, a educação dos filhos, a relação com os parentes do (a) parceiro (a)".
Deve ser levada em consideração, portanto, a possibilidade de se "dar conta de que não é razoável insistir naquela relação" e "estar prontos, até mesmo, em adiar as núpcias", quando viessem à tona "pontos não suficientemente aprofundados dentro do casal".
Em substância, é importante que os noivos compreendam que "o sentimento amoroso e a atração" não são suficientes para superar os obstáculos. E "nesta missão delicada, desempenham um papel fundamental os sacerdotes, especialmente no momento em que encontram juntos e individualmente" os casais.
Deles se espera "uma pedagogia do amor" que "que leve efetivamente em consideração os jovens de hoje" e ofereça também "pontos de referência precisos e concretos, aos quais se possa recorrer nos momentos mais difíceis, como lugares, pessoas, consultores e casas abertas".
Nasce precisamente da exigência de "tornar sempre mais eficazes os itinerários" formativos, a proposta de fazê-los tornar "parte integrante de todo o procedimento sacramental matrimonial", assim como ocorre no Batismo de adultos, no qual "o catecumenato é parte do processo sacramental".
Um desejo expresso pelos Padres sinodais e reiterado pelo Pontífice no recente discurso à Rota Romana, junto ao convite para "acompanhar os jovens esposos nos primeiros anos de vida conjugal", para evitar que abandonem a vida comunitária cristã e enfrentem sozinhos os primeiros importantes desdobramentos da experiência familiar, como o nascimento dos filhos.
Ao concluir, o Secretário Geral do Sínodo dos Bispos confirmou a "acolhida muito positiva" e "o amplo consenso" que a Amoris laetitia suscitou na Igreja em todo o mundo, sobretudo pela sua "capacidade de resposta às expectativas presentes no coração do homem". E destacou a ligação entre a Exortação Apostólica e o próximo Sínodo dos Bispos programado para outubro de 2018 sobre o tema: "Os jovens, a fé e o discernimento vocacional". Uma ligação construída na íntima "correlação entre jovens, escolhas vocacionais e família", que o purpurado descreveu recorrendo a três palavras-chaves contidas no documento pós-sinodal: "alegria, discernimento, acompanhamento".
(L'Osservatore Romano – JE)
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