A mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial da Paz 2016 foi divulgada pelo Vaticano nesta terça-feira, 15, em coletiva de imprensa. No texto que tem como tema "Vence a indiferença e conquista a paz" Francisco convida a promover uma cultura de solidariedade e misericórdia para vencer a indiferença que ameaça a paz.
A mensagem do Papa é dividida em sete partes: "proteger as razões da esperança", "algumas formas de indiferença", "a paz ameaçada pela indiferença globalizada", "da indiferença à misericórdia: a conversão do coração", "promover uma cultura de solidariedade e misericórdia para vencer a indiferença", "a paz: fruto de uma cultura de solidariedade, misericórdia e compaixão" e, por fim, "a paz no sinal do Jubileu da Misericórdia".
Um tema que perpassa toda a mensagem é a indiferença, que ameaça a paz. Mas não só isso. Francisco também fala do desejo e do empenho da humanidade para conquistar a paz. Para 2016, o Papa pede que seja mantida essa esperança, mesmo que 2015 tenha sido um ano marcado por guerras e conflitos terroristas, com graves consequências para a população.
Segundo o Papa, a primeira forma de indiferença é aquela para com Deus, e dela derivam a indiferença para com o próximo e com a criação. Aos poucos essa atitude vai gerando inércia e apatia, alimentando situações de injustiça e desequilíbrio social, que podem levar a outros conflitos.
Além de abordar as várias formas de indiferença, a mensagem do Papa também fala sobre como vencer essa indiferença, destacando, por exemplo, o papel das famílias e dos meios de comunicação.
No contexto do Ano da Misericórdia, iniciado no último dia 8, o Papa conclui a mensagem com o apelo para que cada um adote um empenho concreto a fim de contribuir para melhorar a realidade em que vive, a partir da própria família, da vizinhança e do ambiente de trabalho.
As reflexões para o Dia Mundial da Paz 2016 estão em harmonia com outras mensagens do pontificado de Francisco, conforme pontuou na coletiva de imprensa a sub-secretária do Pontifício Conselho para a Justiça e a Paz, Flamínia Giovanelli. Como exemplo, ela citou a clara ligação com a mensagem de 2015, em que o Papa falou do fenômeno da escravidão.