Discurso do Papa Francisco na abertura do processo sinodal sobre sinodalidade

Na manhã do dia 9 de outubro, o Papa Francisco presidiu na Nova Sala do Sínodo, no Vaticano, o momento de reflexão que antecede a abertura dos trabalhos do próximo Sínodo dos Bispos que culminará com a Assembleia Geral do Sínodo em Outubro de 2023 com o título "Por uma Igreja Sinodal: comunhão, participação e missão".

A abertura oficial do Sínodo dos Bispos terá lugar amanhã, domingo, 10 de outubro, com a celebração da Santa Missa presidida pelo Papa Francisco na Basílica de São Pedro no Vaticano.

Aqui está o texto completo do discurso do Papa Francisco:

Queridos irmãos e irmãs:

Em primeiro lugar, gostaria de lhe agradecer por estar aqui na abertura do Sínodo. Eles vieram por muitos caminhos e de muitas Igrejas, cada uma trazendo dúvidas e esperanças em seus corações, e tenho certeza que o Espírito nos guiará e nos dará a graça de seguirmos em frente juntos, de ouvirmos uns aos outros e de começar um discernimento do nosso tempo., ser solidários com os esforços e desejos da humanidade.

Repito que o Sínodo não é um Parlamento, que o Sínodo não é uma votação de opinião, o Sínodo é um momento eclesial e o protagonista do Sínodo é o Espírito Santo. Se o Espírito não estiver presente, não haverá Sínodo.

Vivamos este Sínodo no espírito da oração que Jesus com veemência elevou ao Pai para si: "Que todos sejam um" (Jo 17, 21). Somos chamados à unidade, à comunhão, à fraternidade que nasce do sentimento do amor divino, que é único.

Todos, indistintamente, e em particular nós Pastores, como escreveu São Cipriano: «Devemos manter e defender firmemente esta unidade, especialmente os bispos, que são os que presidem à Igreja, para provar que o mesmo episcopado também o é. um. e indiviso" (De Ecclesiae catholicae unitate, 5). Por isso, caminhamos juntos no único Povo de Deus, para experimentar uma Igreja que acolhe e vive o dom da unidade e que se abre à voz do Espírito.

As palavras-chave do Sínodo são três: comunhão, participação e missão. Comunhão e missão são expressões teológicas que designam o mistério da Igreja, e é bom que as lembremos.

O Concílio Vaticano II especificou que a comunhão exprime a própria natureza da Igreja e, ao mesmo tempo, afirmou que a Igreja recebeu "a missão de anunciar o reino de Cristo e de Deus e estabelecê-lo em todos os povos, e se constituir na a terra é o germe e o início desse reino" (Lumen gentium, 5).

A Igreja, através destas duas palavras, contempla e imita a vida da Santíssima Trindade, mistério de comunhão ad intra e fonte de missão ad extra. Depois de um tempo de reflexões doutrinais, teológicas e pastorais que caracterizaram a recepção do Vaticano II, São Paulo VI quis condensar precisamente nestas duas palavras - comunhão e missão - «as linhas mestras enunciadas pelo Concílio».

Comemorando a abertura, afirmou com efeito que as linhas gerais foram "comunhão, isto é, coesão e plenitude interior, na graça, verdade e colaboração [...], e missão, que é o compromisso apostólico para com o mundo contemporâneo" (Angelus , 11 de outubro de 1970). Que não é proselitismo.

Encerrando o Sínodo de 1985 - vinte anos após a conclusão da Assembleia conciliar - São João Paulo II também quis reafirmar que a natureza da Igreja é koinonia; dela surge a missão de ser sinal da união íntima da família humana com Deus. E acrescentou: "É extremamente conveniente que sejam celebrados Sínodos ordinários na Igreja e, se necessário, também extraordinários".

Estes, para serem frutíferos, devem ser bem preparados; "É necessário que as Igrejas locais trabalhem na sua preparação com a participação de todos" (Discurso de encerramento da II Assembleia Extraordinária do Sínodo dos Bispos, 7 de dezembro de 1985). Esta é a terceira palavra, participação.

Se não se cultivar uma práxis eclesial que expresse a sinodalidade de maneira concreta em cada etapa do caminho e da obra, promovendo o envolvimento real de cada um, a comunhão e a missão correm o risco de permanecer como termos um tanto abstratos.

Gostaria de dizer que celebrar um Sínodo é sempre belo e importante, mas é realmente benéfico se se tornar uma expressão viva de ser Igreja, de um ato caracterizado pela participação autêntica.

E isso não se deve a exigências de estilo, mas de fé. A participação é um requisito da fé batismal. Como afirma o apóstolo Paulo, "todos fomos batizados no mesmo Espírito para formar um só corpo" (1 Cor 12,13).

No corpo eclesial, o único ponto de partida, e não pode ser outro, é o Baptismo, nossa fonte de vida, do qual deriva uma dignidade idêntica de filhos de Deus, também na diferença de ministérios e carismas. Por isso, todos somos chamados a participar na vida e na missão da Igreja. Se não houver uma participação real de todo o Povo de Deus, os discursos sobre a comunhão correm o risco de permanecer intenções piedosas.

Fizemos progressos neste sentido, mas ainda é difícil para nós, e somos obrigados a constatar o desconforto e o sofrimento de muitos agentes pastorais, dos órgãos de participação das dioceses e paróquias, e das mulheres, que muitas vezes continuam a ser. deixado para trás. margem. A participação de todos é um compromisso eclesial inalienável!

Todos os batizados. Esta é a carteira de identidade: Batismo.

O Sínodo, embora nos ofereça uma grande oportunidade de conversão pastoral em chave missionária e também ecumênica, não está isento de riscos. Eu listo três deles. O primeiro é o formalismo.

Um Sínodo pode ser reduzido a um acontecimento extraordinário, mas com uma fachada, como se estivéssemos olhando a bela fachada de uma igreja, mas sem nunca entrar. Em vez disso, o Sínodo é um itinerário de discernimento espiritual eficaz, que não nos comprometemos a dar uma bela imagem de nós mesmos, mas a colaborar melhor com a obra de Deus na história.

Portanto, se falamos de Igreja Sinodal, não podemos nos contentar com a forma, mas precisamos da substância, dos instrumentos e das estruturas que favoreçam o diálogo e a interação no Povo de Deus, especialmente entre sacerdotes e leigos.

Por que estou sublinhando isso? Porque às vezes há um certo elitismo na ordem presbiteral que o separa dos leigos, e no final o padre se torna o patrono do quartel, e nós, pastores, e nós pastores de uma Igreja que avança.

Isso exige que transformemos certas visões de cima para baixo, distorcidas e parciais da Igreja, do ministério sacerdotal, do papel dos leigos, das responsabilidades eclesiais, dos papéis governamentais, entre outros.

Um segundo risco é o intelectualismo. A abstração. A realidade vai para lá, e nós, com nossas reflexões, vamos para o outro lado. Ele faz do Sínodo uma espécie de grupo de estudo, com intervenções educadas mas abstratas sobre os problemas da Igreja e os males do mundo; uma espécie de "falar só para falar", onde se age de forma superficial e mundana, acabando caindo nas habituais e estéreis classificações ideológicas e partidárias, e se afastando da realidade do Santo Povo de Deus e da vida concreta das comunidades espalhadas pelo mundo.

Finalmente, pode surgir a tentação de imobilidade. É melhor não mudar, pois "sempre foi assim feito" (Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, 33). Esta palavra é um veneno na vida da Igreja: 'Sempre foi feito assim'. Quem se desloca neste horizonte, mesmo sem se dar conta, cai no erro de não levar a sério o tempo em que vivemos.

O risco é que, no final, velhas soluções sejam adotadas para novos problemas; um novo pedaço de pano, que por sua vez provoca um rasgo maior (cf. Mt 9,16). Por isso, é importante que o caminho sinodal seja realmente único, que seja um processo contínuo; que envolve —em diversas fases e a partir de baixo— as Igrejas locais, em um trabalho apaixonado e encarnado, que imprime um estilo de comunhão e de participação marcado pela missão.

Portanto, vivamos este momento de encontro, escuta e reflexão como um tempo de graça que, na alegria do Evangelho, nos permite agarrar pelo menos três oportunidades. O primeiro é avançar não ocasionalmente, mas estruturalmente em direção a uma Igreja sinodal; um local aberto, onde todos se sintam em casa e possam participar.

O Sínodo oferece-nos também a oportunidade de ser Igreja da escuta, de fazer uma pausa nas nossas ocupações, de refrear os nossos anseios pastorais e de parar para ouvir.

Ouça o Espírito em adoração e oração. Quanto nos falta hoje a oração de adoração. Muitos perderam não apenas o hábito, mas também a noção do que significa adorar. Escutem os irmãos e irmãs sobre as esperanças e as crises da fé em diferentes partes do mundo, as urgências de renovação da vida pastoral e os sinais que vêm das realidades locais.

Por fim, temos a oportunidade de ser uma Igreja de proximidade. Sempre voltamos ao estilo de Deus. O estilo de Deus é proximidade, compaixão e ternura.

Caros irmãos e irmãs, que este Sínodo seja um tempo habitado pelo Espírito. Porque precisamos do Espírito, o sopro sempre novo de Deus, que liberta de todo fechamento, revive o que está morto, desata as correntes e espalha alegria.

O Espírito Santo é Aquele que nos guia para onde Deus quer que cheguemos, e não para onde nossas idéias e gostos pessoais nos levarão. O Padre Congar recordou: "Não é necessário construir outra Igreja, mas, em certo sentido, deve-se construir uma Igreja diferente” (Verdadeira e falsa reforma na Igreja, Madrid 2014, 213). Esse é o desafio.

Por uma "Igreja diferente", aberta à novidade que Deus lhe quer indicar, invoquemos o Espírito com mais força e frequência, e estejamos dispostos a ouvi-lo com humildade, caminhando juntos, como Ele - criador de comunhão. e missão - desejos, com docilidade e coragem.

Venha, Espírito Santo. Tu que ergues novas linguagens e põe nos lábios palavras de vida, salva-nos de nos tornarmos Igreja-museu, bela mas muda, com muito passado e pouco futuro.

Venham entre nós, para que na vivência sinodal não nos deixemos dominar pelo desencanto, não diluamos a profecia, não acabemos reduzindo tudo a discussões estéreis.

Venha, Espírito de amor, faça ouvir nossos corações. Venha, Espírito de santidade, renove o santo povo de Deus. Venha, Espírito criativo, renove a face da terra.

quinta-feira, 7 de outubro de 2021

CONVITE!

O ECC da Paróquia de Nossa Senhora dos Aflitos convida a todas as Famílias de Jardim de Piranhas para participar de um grande momento de ADORAÇÃO AO SANTÍSSIMO SACRAMENTO no Tríduo em Honra a Nossa Senhora do Rosário, Quinta-feira, dia 07 de outubro de 2021 na Capela de Nossa Senhora do Rosário, às 19:00 Horas. Venha você e sua família para esse momento de Louvor e Adoração.


Apresentação de Maria Cecília à comunidade de Nossa Senhora dos Aflitos!

Deus Pai eterno e todo-poderoso, criador de todas as coisas visíveis e invisíveis, apresentamos em vosso Templo Sagrado, morada vossa entre os homens, vossa filha Maria Cecília. Que ela viva para o teu louvor todos os dias de sua vida, derrame sua alma em tua presença e, mesmo no mundo, deixe-se guiar pelo Espírito de Amor.

Criada nova Forania na Diocese de Caicó

O Bispo Diocesano de Caicó, Dom Antonio Carlos Cruz Santos Maristelo, msc, em união com o Conselho Presbiteral no dia vinte e nove de abril de 2021, e os padres da Forania de Caicó nesta segunda-feira, dia três de maio, decidiram criar a Forania do Vale do Piranhas, composta pelas seguintes cidades: Jucurutu, Jardim de Piranhas, São Fernando, Timbaúba dos Batistas, Serra Negra do Norte, São João do Sabugi e Ipueira.
A nova Forania terá como Vigário Forâneo, o Pe. Rômulo Azevedo da Silva, Pároco de Nossa Senhora dos Aflitos em Jardim de Piranhas.
Com a Criação da Forania do Vale do Piranhas, a Forania de Caicó ficou composta pelas 7 Paróquias de Caicó: Sant'Ana, São José, Nossa Senhora de Fátima, Santo Estêvão Diácono, São Francisco e Santa Cruz e Santa Marta de Betânia.
O objetivo da Criação de uma Forania é para melhor organização de uma Igreja Particular. Os representantes de cada Forania se reúnem para organizar seus trabalhos pastorais, bem como revigorar o espírito comunitário, fundamentais para o fortalecimento de uma fé viva e atuante no seguimento e testemunho de Jesus Cristo e renova o ardor missionário a exemplo de São Paulo, Apóstolo.


#minisermao (22/03/21)


PALAVRA ESCRITA
A palavra falada tem muito valor, mas, quando é escrita, fica eternizada, sacramentada. A Bíblia é a Palavra de Deus no sacramento das Escrituras! Ao menos uma vez em sua vida, encontramos Jesus escrevendo! Quando surpreenderam aquela mulher em adultério e queriam apedrejá-la, foram até Jesus perguntar o que deveriam fazer. E, ao invés de responder com palavras faladas, o Mestre se inclinou e começou a escrever com o dedo no chão. E eles insistiam com palavras faladas, agressivas! E, então, Ele olhou nos olhos daqueles homens e disse: "Quem dentre vós não tiver pecado, atire a primeira pedra"! E voltou-se, novamente, para o chão e continuou a escrever. Não sabemos o quê que o Mestre escreveu, mas sabemos que, um a um, aqueles homens foram se retirando. A palavra escrita tem poder (Jo 8,1-11).
Pe. Joãozinho, scj

Comece o seu dia mais feliz meditando o Santo Evangelho da 5ª Semana da Quaresma - Segunda-feira

Evangelho (Jo 8,1-11)

'Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra'.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 8,1-11

Naquele tempo, Jesus foi para o monte das Oliveiras. De madrugada, voltou de novo ao Templo. Todo o povo se reuniu em volta dele. Sentando-se, começou a ensiná-los. Entretanto, os mestres da Lei e os fariseus trouxeram uma mulher surpreendida em adultério. Levando-a para o meio deles, disseram a Jesus: "Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério. 5Moisés na Lei mandou apedrejar tais mulheres. Que dizes tu?"
Perguntavam isso para experimentar Jesus e para terem motivo de o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, começou a escrever com o dedo no chão. Como persistissem em interrogá-lo, Jesus ergueu-se e disse: "Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra". E tornando a inclinar-se, continuou a escrever no chão.
E eles, ouvindo o que Jesus falou, foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos; e Jesus ficou sozinho, com a mulher que estava lá, no meio, em pé. Então Jesus se levantou e disse: "Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?" Ela respondeu: "Ninguém, Senhor". Então Jesus lhe disse: "Eu, também, não te condeno. Podes ir, e de agora em diante não peques mais".
Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor.

Reflexão do Evangelho:
UM JULGAMENTO FRUSTRADO - A verdadeira religião não condena as pessoas, mas as perdoa. Não temos o direito de colocar as leis e normas acima da misericórdia. Devemos, sim, respeitar todas as pessoas e tratá-las sem prejulgamentos. Nossa missão, dada por Jesus, é a de levar o Reino de Deus a todas as pessoas. Ora, o outro nome do Reino de Deus é Reino do Amor. É pelo amor que devemos educar as crianças. É pelo amor que se dialoga, principalmente com as pessoas de casa, e nunca pela violência. Jesus veio ao mundo para salvar-nos, e não para condenar-nos.

#minisermao (10/03/21)

JESUS CONSERVADOR
Engana-se quem pensa que Jesus veio para mudar tudo. Ele valorizou o que deveria ser conservado! Quando alguém lhe perguntou se ele veio abolir tudo, Ele respondeu que não veio abolir a Lei, os profetas, mas dar pleno cumprimento. Jesus ensinou a cumprir os mandamentos! Hoje, vivemos um tempo em que muitas pessoas se consideram conservadoras. E isso é muito bom desde que se conservem as florestas e as matas, as fontes puras de água! Desde que se conserve a vida, da sua origem, do seu nascimento até o seu ocaso natural! Desde que se conserve os bons costumes e a educação! Desde que se conserve a paz. Então, seremos conservadores, como foi Jesus de Nazaré (Mt 5,17-19).
Pe. Joãozinho, scj

Comece o seu dia mais feliz meditando o Santo Evangelho da 3.ª Semana da Quaresma - Quarta-feira

Evangelho (Mt 5,17-19)

Aquele que praticar e ensinar os mandamentos, este será considerado grande.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 5,17-19

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: "Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas para dar-lhes pleno cumprimento. Em verdade, eu vos digo: antes que o céu e a terra deixem de existir, nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da Lei, sem que tudo se cumpra. Portanto, quem desobedecer a um só desses mandamentos, por menor que seja, e ensinar os outros a fazerem o mesmo, será considerado o menor no Reino dos Céus. Porém, quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos Céus".
Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor.

Reflexão do Evangelho:
GRANDE E PEQUENO NO REINO - Queremos seguir pelo caminho de Jesus. Muito bem! Mas, por qual caminho? Nosso Salvador nos ensina: "Se alguém me quer seguir, renuncie-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me" (Mc 8,34). É todo um programa de vida, amplo e universal, que abrange todas as situações que vivenciamos, ao cumprirmos a missão que Deus nos deu! Mas como o Senhor conhece nossas fraquezas, Ele nos indica o que nos é essencial: "Amai-vos uns aos outros. Como eu vos tenho amado, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros. Nisso todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros" (Jo 13,34-35). O assunto é tão urgente que Jesus nos diz no texto de hoje: "Aquele que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e ensinar assim aos homens, será declarado o menor no Reino dos Céus. Mas aquele que os guardar e os ensinar será declarado grande no Reino dos Céus" (v. 19). Neste ponto, talvez nos perguntemos: como faremos para não só guardar o Mandamento do Amor que nosso Mestre nos deu, mas, além disso, ensiná-lo aos outros, se corremos o dia todo? Jesus nos responde: por meio do nosso exemplo de vida! Nossa fidelidade em seguir o Mestre é sentida por todos.

#minisermao (09/03/21)

MATEMÁTICA DO AMOR
O amor não soma nem divide; sempre multiplica. Cresce na pluralidade e sempre permanece na unidade. Certa ocasião, Pedro perguntou a Jesus quantas vezes deveria perdoar o seu irmão. E até arriscou uma resposta: "Até sete vezes"? Isso lhe parecia muito, mas Jesus foi além e lhe disse: "Eu não te digo sete vezes, mas setenta vezes sete"! Na matemática do amor, sempre se multiplica! Não é para menos que, lá no princípio, quando Deus criou o homem à sua imagem e semelhança, e imagem e semelhança do próprio amor, Ele deu uma ordem à humanidade: "Crescei e multiplicai-vos"! O amor nunca divide; sempre multiplica (Mt 18,21-35).
Pe. Joãozinho, scj

Comece o seu dia mais feliz meditando o Santo Evangelho da 3.ª Semana da Quaresma - Terça-feira

Evangelho (Mt 18,21-35)

Não te digo perdoar até sete vezes, mas até setenta vezes sete.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 18,21-35

Naquele tempo, Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: "Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?" Jesus respondeu: "Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. Porque o Reino dos Céus é como um rei que resolveu acertar as contas com seus empregados. Quando começou o acerto, trouxeram-lhe um que lhe devia uma enorme fortuna. Como o empregado não tivesse com que pagar, o patrão mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher e os filhos e tudo o que possuía, para que pagasse a dívida.
O empregado, porém, caiu aos pés do patrão, e, prostrado, suplicava: 'Dá-me um prazo! E eu te pagarei tudo'. Diante disso, o patrão teve compaixão, soltou o empregado e perdoou-lhe a dívida.
Ao sair dali, aquele empregado encontrou um dos seus companheiros que lhe devia apenas cem moedas. Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: 'Paga o que me deves'. O companheiro, caindo aos seus pés, suplicava: 'Dá-me um prazo! E eu te pagarei'. Mas o empregado não quis saber disso. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que devia.
Vendo o que havia acontecido, os outros empregados ficaram muito tristes, procuraram o patrão e lhe contaram tudo. Então o patrão mandou chamá-lo e lhe disse: ‘Empregado perverso, eu te perdoei toda a tua dívida, porque tu me suplicaste. Não devias tu também, ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?' O patrão indignou-se e mandou entregar aquele empregado aos torturadores, até que pagasse toda a sua dívida. É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão".
Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor.

Reflexão sobre o Evangelho:

ATÉ QUANDO PERDOAR - Que alívio e quanta alegria quando nos é perdoada pelo credor uma dívida grande! Que peso nos é tirado do coração quando pedimos perdão a quem ofendemos, e ele não só nos perdoa, mas reata nossa antiga amizade! Que paz quando nos aproximamos do Sacramento da Penitência e fazemos uma boa confissão. Em resumo, é o que, neste trecho do Evangelho, Jesus deseja para nós quando responde a São Pedro, que lhe perguntou: "Senhor, quantas vezes devo perdoar o meu irmão, quando ele pecar contra mim?" (v. 21). E o Mestre lhe ensina que deveria perdoar sempre (cf. v. 22). Sem esse sentimento de humildade, a oração do "Pai-Nosso" é falsa: "Perdoa-nos nossas dívidas (nossa ofensas), assim como nós perdoamos aos que nos devem (ofenderam)". Pedimos que o Pai nos fortaleça com sua graça, a fim de que não nos deixemos levar pelas tentações do mundo, que ensina a pagarmos o mal com o mal e a beneficiarmos somente aqueles que nos fizeram bem. Jesus insiste: "Se não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos perdoará!" (cf. Mt 6,9-15). Sigamos a vontade de Deus!

#minisermao (08/03/21)

PROFETAS EM CASA

O mais difícil é ser profeta em seu próprio lar, para os familiares e pessoas de sua casa! Até mesmo Jesus, certa ocasião, teve dificuldades em Nazaré, quando pregou na sinagoga, e muitos não o reconheceram. Aliás, chegaram até mesmo a expulsá-lo da cidade! Muitas vezes, quando questionamos as pessoas de nossa casa: "Por que não se reza antes daquela refeição? Por que não fazer uma celebração no dia do Natal"? Podemos também receber a rejeição dos profetas que evangelizam dentro do seu próprio lar, dos pais que são catequistas dos seus próprios filhos (Lc 4,24-30).
Pe. Joãozinho, scj

Comece o seu dia mais feliz meditando o Santo Evangelho da 3.ª Semana da Quaresma - Segunda-feira

Evangelho (Lc 4,24-30)

Jesus, como Elias e Eliseu, não é enviado só aos judeus.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 4,24-30

Jesus, vindo a Nazaré, disse ao povo na sinagoga: "Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria. De fato, eu vos digo: no tempo do profeta Elias, quando não choveu durante três anos e seis meses e houve grande fome em toda a região, havia muitas viúvas em Israel. No entanto, a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a uma viúva que vivia em Sarepta, na Sidônia. E no tempo do profeta Eliseu, havia muitos leprosos em Israel. Contudo, nenhum deles foi curado, mas sim Naamã, o sírio".
Quando ouviram estas palavras de Jesus, todos na sinagoga ficaram furiosos. Levantaram-se e o expulsaram da cidade. Levaram-no até o alto do monte sobre o qual a cidade estava construída, com a intenção de lançá-lo no precipício. Jesus, porém, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho.
Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor.

Reflexão sobre o Evangelho:

O PROFETA REJEITADO - Jesus começava a anunciar o Reino de Deus. As autoridades judaicas se animaram, pensando que, enfim, o Enviado de Deus confirmaria as Leis do Decálogo e todas as outras pequenas leis ditadas por eles. O Mestre sabia que estas eram em tal número que engessavam os pobres e não lhes permitiam ficar puros, conforme o modo de ver dos fariseus, levitas e sacerdotes. Assim, quando o chefe da sinagoga lhe passou o rolo do livro do profeta Isaías, Jesus desenrolou-o e escolheu o capítulo 61, versículos 1 e 2 para ler: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu; e enviou-me para anunciar a Boa-Nova aos pobres, para sarar os contritos de coração, para anunciar aos cativos a redenção, aos cegos a restauração da vista, para pôr em liberdade os cativos, para publicar o ano da graça do Senhor” (Lc 4,17- 9). Ora, a “Boa-Nova” anunciada por Jesus beneficiava os pobres e nunca alguém lhes havia dito aquilo. Por isso, “lhe davam testemunho e se admiravam das palavras de graça que saíam de sua boca” (v. 22). E a novidade da libertação dos pobres se estendia a outras nações como foi para Elias e Eliseu. E Jesus foi expulso pela sinagoga, mas sua mensagem permanece: ajudar os pobres.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

90 anos de otimismo!

Dona Tirina, parabéns pelos seus 90 anos bem vividos, são tantas as alegria e disposição mesmo em dias menos gloriosos. Que ainda venham muitas outras oportunidades de felicidade e que, além da alegria e da disposição, a saúde, o amor e a paz sejam seus companheiros de jornada sempre!
Obrigada por ser presença viva em nossa comunidade, muito me alegra quando eu vejo a senhora na Matriz de Nossa Senhora dos Aflitos, agradeço a Deus por sua amizade, Deus te abençoe e te guarde sempre.