segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Tempo da Quaresma - Meditando o Evangelho de hoje


Evangelho - Lc 4,24-30 Jesus, como Elias e Eliseu, não é enviado só aos judeus. + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 4,24-30. Jesus, vindo a Nazaré, disse ao povo na sinagoga: 24 'Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria. 25 De fato, eu vos digo: no tempo do profeta Elias, quando não choveu durante três anos e seis meses e houve grande fome em toda a região, havia muitas viúvas em Israel. 26 No entanto, a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a uma viúva que vivia em Sarepta, na Sidônia. 27 E no tempo do profeta Eliseu, havia muitos leprosos em Israel. Contudo, nenhum deles foi curado, mas sim Naamã, o sírio.' 28 Quando ouviram estas palavras de Jesus, todos na sinagoga ficaram furiosos. 29 Levantaram-se e o expulsaram da cidade. Levaram-no até ao alto do monte sobre o qual a cidade estava construída, com a intenção de lançá-lo no precipício. 30 Jesus, porém, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho. Palavra da Salvação.

Reflexão - Lc 4, 24-30 - Todas as pessoas ficam contentes quando as outras pessoas falam o que elas querem ouvir, mas nem todas as pessoas ficam contentes quando os outras pessoas falam o que elas precisam ouvir. Todos queriam que Jesus falasse de uma religião onde manipulariam o próprio Deus através de ritualismos, onde Deus seria o servidor e o homem o servido, onde Deus teria apenas deveres e obrigações e os homens direitos, onde Deus teria que agir o tempo inteiro para corrigir as consequências das irresponsabilidades humanas. Como não era esse o conteúdo da pregação de Jesus, que não cedeu ao jogo do poder e dos privilégios da sua época, os seus concidadãos o excluíram e quiseram matá-lo.

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Missa do 3º Domingo da Quaresma

Hoje é um dia consagrado ao Senhor Deus!!! 
Às 19h, missa na matriz de Nossa Senhora dos Aflitos com D. Antônio Carlos, Bispo diocesano de Caicó.

3º Domingo da Quaresma - 28/02/2016

Anúncio do Evangelho (Lc 13,1-9)
O Senhor esteja convosco.
Ele está no meio de nós.
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
Glória a vós, Senhor.
1Naquele tempo, vieram algumas pessoas trazendo notícias a Jesus a respeito dos galileus que Pilatos tinha matado, misturando seu sangue com o dos sacrifícios que ofereciam.
2Jesus lhes respondeu: "Vós pensais que esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus, por terem sofrido tal coisa? 3Eu vos digo que não. Mas se vós não vos converterdes, ireis morrer todos do mesmo modo.
4E aqueles dezoito que morreram, quando a torre de Siloé caiu sobre eles? Pensais que eram mais culpados do que todos os outros moradores de Jerusalém? 5Eu vos digo que não. Mas, se não vos converterdes, ireis morrer todos do mesmo modo".
6E Jesus contou esta parábola: “Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha. Foi até ela procurar figos e não encontrou. 7Então disse ao vinhateiro: 'Já faz três anos que venho procurando figos nesta figueira e nada encontro. Corta-a! Por que está ela inutilizando a terra'?
8Ele, porém, respondeu: 'Senhor, deixa a figueira ainda este ano. Vou cavar em volta dela e colocar adubo. 9Pode ser que venha a dar fruto. Se não der, então tu a cortarás'".

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

sábado, 27 de fevereiro de 2016

AVISOS da Paróquia de Nossa Senhora dos Aflitos:

AVISOS da Paróquia de Nossa Senhora dos Aflitos:
Quarta-Feira, dia 02 de março, a Renovação Carismática Católica dará início ao Seminário de Vida no Espírito Santo. O Seminário acontecerá durante nove quartas-feiras consecutivas, às 19 horas no Centro Pastoral Padre João Maria, por esse motivo o Grupo de Oração que aconteceria na Igreja, será transferido para o Centro Pastoral.
"24 Horas para o Senhor"
Respondendo ao apelo do Papa Francisco para toda Igreja, pelo terceiro ano consecutivo, a Igreja Católica em todo mundo, realizada a chamada "24 horas para o Senhor". Será um dia inteiro, seguindo por toda madrugada, de oração e louvor ao Senhor Deus. Você, sua família, amigos e toda a comunidade são convidados a passar alguns momentos próximos a Jesus Cristo, presente na Eucaristia. Esta é uma jornada penitencial, consiste em 24 horas ininterruptas de oração. Em nossa Paróquia, acontecerá com a seguinte programação:
- Início na sexta- feira, dia 04 de março - 12h às 13 horas - Missa de Abertura - 13h às 14 horas – Ministros -14h às 15 horas - Equipe do Dízimo -15h às 16 horas - Apostolado da Oração -16h às 17 horas - Apostolado da Oração - 17h às 18 horas - Coroinhas - 18h às 19 horas - Coroinhas -19h às 20 horas-Terço das Mulheres - 20 h às 21 horas - ECC- Círculo Laranja - 21h às 22 horas – Jufra -22h às 23 horas - Nova Geração - 23h às 24horas - Equipes de Nossa Senhora (Nossa Senhora das Graças) - 24h às 01 hora - Equipes de Nossa Senhora (Nossa Senhora dos Milagres e Nossa Senhora de Fátima) - 01h às 02 horas- ECC – Círculo Verde - 02h às 03 horas - Equipes de Nossa Senhora (Nossa Senhora Aparecida) - 03h às 04 horas - ECC – Círculo Azul -04h às 05 horas - ECC – Círculo Vermelho -05h às 06 horas – Catequistas -06h às 07 horas - Terço dos Homens -07h às 08 horas - Dízimo -08h às 09 horas- Apostolado da Oração - 09h às 10 horas – Coroinhas - 10h às 11 horas - Ministros da Eucaristia - 11h às 12 horas – Missa Observação: Na sexta-feira, a partir das 19 horas, haverá confissões individuais na Igreja Matriz. Observação: Lembramos que por motivo de já haver a celebração eucarística às 12 horas, a missa da primeira sexta-feira do mês NÃO acontecerá às 16 horas como de costume. Sendo que, a reunião do Apostolado da Oração acontecerá normalmente às 16 horas no Centro Pastoral Padre João Maria, com a presença de Padre Edson Medeiros de Araújo. * No sábado, dia 05 de março, às 16 horas, haverá uma importante reunião para os pais das crianças que estão inscritas na Infância Missionária, na Catequese, como também para os pais dos adolescentes crismandos. A reunião acontecerá no Centro Pastoral e será presidida pelo Pe. Edson. A presença de todos é indispensável.

Jardim de Piranhas - Horários de missas para domingo

Horários de missas para domingo(28/02) na matriz de Nossa Senhora dos Aflitos: 7h - Pe. Alyson Bruno, reitor do seminário menor; 19h - D. Antônio Carlos, bispo diocesano.

Quaresma é tempo de perdoar para ser perdoado:

OS 9 PASSOS DO PERDÃO
1. Saiba exatamente como você se sente sobre o que ocorreu e seja capaz de expressar o que há de errado na situação. Então, relate a sua experiência a umas duas pessoas de confiança.
2. Compromete-se consigo mesmo a fazer o que for preciso para se sentir melhor. O ato de perdoar é para você e ninguém mais. Ninguém mais precisa saber sua decisão.
3. Entenda seu objetivo. Perdoar não significa necessariamente reconciliar-se com a pessoa que o perturbou, nem se tornar cúmplice dela. O que você procura é paz.
4. Tenha uma perspectiva correta dos acontecimentos. Reconheça que o seu aborrecimento vem dos sentimentos negativos e desconforto físico de que você sofra agora, e não daquilo que o ofendeu ou agrediu dois minutos - ou dez anos - atrás.
5. No momento em que você se sentir aflito, pratique técnicas de controle de estresse para atenuar os mecanismo de seu corpo.
6. Desista de espera, de outras pessoas ou de sua vida, coisa que elas não escolheram dar a você. Reconheça as "regras não cobráveis" que você tem para sua saúde ou para o comportamento seu e dos outros. Lembre a si mesmo que você pode esperar saúde, amizade e prosperidade e se esforçar para consegui-los. Porém você sofrerá se exigir que essa coisa aconteçam quando você não tem o pode de fazê-las acontecer.
7. Coloque sua energia em tenta alcançar seus objetivos positivos por um meio que não seja através de experiência que o feriu. Em vez de reprisar mentalmente sua mágoa, procure outros caminhos para seus fins.
8. Lembre-se de que uma vida bem vivida é a sua melhor vingança. Em vez de se concentrar nas suas mágoas – o que daria poder sobre você à pessoa que o magoou – aprenda a busca o amor, a beleza e a bondade ao seu redor.
9. Modifique a sua história de ressentimento de forma que ela o lembre da escolha heroicas que é perdoar. Passe de vítima a herói na história que você contar.

Papa: misericórdia é conjugar o verbo amar de acordo com Jesus

No final da manhã desta sexta-feira dia 26 de fevereiro, o Papa Francisco recebeu na Sala Clementina no Vaticano os participantes no Congresso Internacional sobre o tema: "A caridade nunca mais terá fim", uma iniciativa do Conselho Pontifício "Cor Unum". Este evento acontece nos dez anos da publicação da Encíclica "Deus Caritas est", do Papa Bento XVI.
No discurso que pronunciou na ocasião, o Papa Francisco afirmou que "o ato de caridade, na verdade, não é apenas uma esmola para lavar a consciência; inclui 'uma atenção de amor dirigida ao outro' (cf. ibid., n. Evangelii gaudium, 199), que considera o outro "uma coisa como ele mesmo" (cf. S. Tomás de Aquino, Summa Theologica, II-II, q. 27, art. 2).
O Santo Padre recordou as palavras de Jesus que declaram a caridade como o primeiro e maior dos mandamentos, que no texto de S. Marcos nos diz: "Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração e com toda tua alma, com toda a tua mente e com toda a tua força… Amarás o teu próximo como a ti mesmo". (Marcos 12,30-31).
Segundo o Papa Francisco, o Ano Jubilar que estamos a viver é também "uma oportunidade para voltar a esse coração pulsante da nossa vida e do nosso testemunho, no centro do anúncio da fé": 'Deus é amor' (1 Jo 4,8.16). "Deus não tem simplesmente o desejo ou a capacidade de amar; Deus é caridade: a caridade é a sua essência, a sua natureza" – sublinhou o Santo Padre.
Desta forma, caridade e misericórdia estão intimamente ligadas porque são a maneira de ser e agir de Deus – explicou o Papa que enfatizou dois aspectos da Encíclica de Bento XVI: em primeiro lugar é um texto que nos recorda "o rosto de Deus" que "derrama o seu amor em nós" e assim, "somos chamados a ser testemunhas deste amor no mundo". Um segundo aspecto salientado pelo Santo Padre é que a Encíclica "Deus caritas est" de Bento XVI "lembra-nos que esta caridade quer ser refletida cada vez mais na vida da Igreja".
Neste momento da sua reflexão o Papa Francisco referiu-se à importância da missão das organizações de caridade da Igreja que permitem fazer sentir a cada ser humano que é "amado pelo Pai".
Na conclusão do seu discurso o Papa Francisco reafirmou a frescura da mensagem da Encíclica "Deus Caritas est" e declarou que neste Jubileu "viver as obras de misericórdia significa conjugar o verbo amar de acordo com Jesus" para comunicar o amor de Deus.

Jubileu: visita surpresa do Papa a toxicodependentes


Na tarde desta sexta-feira dia 26 de fevereiro o Papa Francisco, no contexto dos "sinais jubilares" de testemunho das obras de misericórdia, visitou a Comunidade San Carlo nas proximidades de Castelgandolfo.
Fundada pelo Padre Mario Picchi esta comunidade tem com o objetivo prevenir e enfrentar a exclusão social das pessoas, com particular atenção para os toxicodependentes – esta obra pertence ao Centro Italiano de Solidariedade.
Foi sem aviso prévio que o Santo Padre apareceu na porta da Comunidade terapêutica San Carlo, na periferia de Roma. Ali vivem 55 pessoas que realizam um percurso para sair da dependência das drogas.
A surpresa foi geral. Ninguém esperava poder encontrar o Papa e uma profunda comoção tomou conta dos presentes. Francisco queria estar junto dos jovens e ouvir as suas histórias. Disse-lhes para não se deixarem devorar pela “metástase” da droga e, abraçando-os, quis fazê-los compreender o facto de que o caminho iniciado na comunidade é uma real possibilidade para recomeçar uma vida digna de ser vivida.
Com este sinal o Papa Francisco quis acentuar a necessidade de uma constante confiança na força da Misericórdia, que continua a apoiar a nossa peregrinação e que, acompanhando-nos também nas horas mais frias, faz sentir o calor da sua presença e reveste o homem da sua dignidade.
Esta visita é um dos gestos simbólicos do Papa durante este Ano Santo da Misericórdia: em dezembro o Papa abriu a Porta Santa da Cáritas de Roma e em janeiro visitou um lar para idosos.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Papa: perguntas de crianças fazem adultos amadurecer

"As perguntas mais difíceis a mim não foram feitas nas provas com os professores, e sim aquelas que me fizeram as crianças" – foi o que disse o Papa Francisco ao receber crianças e organizadores do livro "O Amor antes do Mundo", lançado nesta quinta-feira, dia 25 de fevereiro em Itália.
Um documento multicultural que reflete as ideias de crianças de todos os continentes. Elas escreveram cartas com perguntas ao Papa, que as respondeu. As respostas do Papa foram recolhidas pelo jesuíta Antonio Spadaro e o conteúdo final foi compilado pela editora Loyola Press, da Companhia de Jesus dos EUA.
"Responder, às vezes, à pergunta de uma criança, pode nos colocar em dificuldade, porque a criança tem algo que vê o essencial e o pergunta diretamente, e isso produz um efeito de maturação interior em quem escuta a pergunta. Ou seja, as crianças fazem os adultos amadurecer com suas perguntas", disse ainda o Pontífice.
"Faço-me a pergunta que já se fazia o grande Dostoievsky: 'Por que as crianças sofrem?’' E lhes asseguro que eu, o Papa, aquele que parece que sabe tudo e que tem todo o poder, não sei responder a esta pergunta. A única coisa que me ilumina é olhar esta Cruz, ver por que sofreu Jesus, a única resposta que encontro".
E concluiu com um pedido: "Minha mensagem aos adultos é que estejam próximos das crianças que sofrem, e que ensinem às crianças a estarem próximas daquelas que sofrem". (RB)
Publicamos a íntegra de algumas respostas do Papa às perguntas das crianças feitas durante o encontro nesta quinta-feira:
Qual é o aspecto favorito em ser Papa?
Papa Francisco: Eu disse que as crianças fazem as perguntas mais difíceis de se responder. Estar com as pessoas, gosto muito de estar próximo às pessoas, porque estás com um idoso, com uma criança, com jovens e adultos. E cada um deles te ensina alguma coisa da vida e te faz viver a vida, e assim nos relacionamos com as pessoas. Sempre que estou com as pessoas aprendo algo, sempre. E isso é muito importante, também para a vida. Quando me encontro com uma pessoas, posso me perguntar: O que esta pessoa tem de bom? O que de bonito me ensinou? Ou, O que não gostei e que não tem que ser feito, ou mudar? Agora vou fazer uma pergunta para todos: O que é melhor, estar com as pessoas ou estar separado delas: (R: Próximos). Por isso, repito uma palavra que disse outro dia: Para ser feliz na vida é preciso fazer pontes com as outras pessoas.
Se não fosses Papa quem queria ser e porque?
Papa Francisco: Digo a verdade? Quanto tinha a sua idade, sem mais ou menos, a tua. Quando tinha a tua idade ia com a minha mãe ou com a minha avó ao mercado para comprar as coisas. Naquela época não existia o supermercado e sim o mercado de rua, a feira, onde havia o lugar para a verdura, para as frutas, para a carne. Eu gostava de ver como o açougueiro cortava a carne, com qual arte. Então, disse que queria ser açougueiro, depois estudei química, mas esta foi a primeira vocação.
Qual o Santo que mais admiras?
Papa Francisco: Tenho vários santos amigos, não sei a qual admiro mais, mas sou amigo de Santa Terezinha do Menino Jesus, sou amigo de Santo Inácio, sou amigo de São Francisco – eu não sei se eles são meus amigos – e admiro cada qual por alguma coisa, mas diria que são os três, talvez, que mais me chegam ao coração.
Como é ser Papa?
Papa Francisco: Me sinto tranquilo e Deus me deu a graça de não perder a paz, esta é uma graça de Deus. E sinto que estou terminando a minha vida assim, com muita paz. Me sinto bem por isso, porque sinto que Deus me dá paz. E também me dá alegria, por exemplo, este encontro com vocês me traz muita alegria. Quando o padre Spadaro me contou sobre isso, de convidar as crianças aqui, eu disse: "Estás louco". Este encontro, porém, tem um grande significado, porque se fez uma ponte com cada um de vocês.
O que lhe inspirou a se tornar Papa?
Papa Francisco: Ao meu lado estava um grande amigo, um brasileiro, que hoje tem mais de oitenta anos, o cardeal Hummes, e quando viu que poderia sair a eleição neste sentido, ele me disse: Não te preocupes, assim age o Espírito Santo. Depois, quando fui eleito, ele mesmo me abraçou e me disse: Não te esqueças dos pobres. Então, este meu amigo colocou diante de mim duas personagens: o Espírito Santo e os pobres. Então, isso me moveu a aceitar e a colocar-me o nome de Francisco.
Que amor provas por Jesus Cristo, por Deus?
Papa Francisco: Eu não sei se amo verdadeiramente Jesus Cristo, procuro amá-lo, mas não tenho certeza se Ele me ama, disto não tenho certeza.
Antes de ser Papa eras tão religioso como és agora?
Papa Francisco: Bom, eu sou idoso, tenho 80 anos, no final do ano. A vida de uma pessoas não é assim sempre, a vida de uma pessoa, é assim: existem momentos de alegria e existem momentos em que estás para baixo, existem momentos de grande amor a Jesus e aos companheiros, e a todas as pessoas, e existem momentos em que o amor às pessoas não existe e tu és um pouco traidor do amor de Jesus, existem momentos que te parece de ser mais santo e outros momentos em que tu és mais pecador. Mas minha vida é assim. Não te assustes se viveres um momento feio, não te assustes se pecares, o amor de Jesus é maior que tudo isso, vá até Ele, e deixa-te abraças por Ele. Entendes?
Qual é sua idade?
Papa Francisco: Tenho 79, e em dezembro, 80, não 100, como disse esse mentiroso. (Risos. Refere-se ao intérprete).
É difícil ser Papa?
Papa Francisco: É fácil e é difícil, como a vida de qualquer pessoa. É fácil porque tens muita gente que te ajuda. Por exemplo, vocês, me estão ajudando agora, porque meu coração está mais feliz e vou poder trabalhar melhor e fazer coisas melhores. E existem momentos difíceis porque as dificuldades existem em todos os trabalhos. Há as duas coisas.
Porque te chamaste Francisco?
Papa Francisco: Chamei-me Francisco porque este cardeal brasileiro que estava ao meu lado, quando fui eleito, me abraçou e me disse: Não te esqueças dos pobres. E comecei a refletir naquele momento que tive: pobres, pobres e São Francisco de Assis. E aí escolhi o nome.
Porque vives em Roma e não em outro lugar?
Papa Francisco: Porque o Papa é o Bispo de Roma. Então, o Papa é Papa porque é o Bispo de Roma. Primeiro é Bispo de Roma, e porque é o Bispo de Roma, é o Papa. Mas o principal, o primeiro é ser Bispo de Roma.
Quantas vezes reza por dia e como?
Papa Francisco: Rezo, pela manhã, quando me levanto, o livro de orações que rezam todos os sacerdotes, que se chama “Breviário”. Depois, rezo quando celebro a missa. Depois rezo o Terço. E lhes aconselho que levem sempre um Terço com vocês, eu o carrego no bolso, depois vou lhes mostrar outra coisa. Depois, à tarde, faço Adoração do Santíssimo Sacramento. Estes são os momentos formais, mas eu gosto de rezar pelas pessoas que encontro, gosto disso. Lhes mostrei o Terço que tenho no bolso, e vou lhes dar um para cara, para que o tenham. Mas também trago no bolso – e vocês do Quênia, de Nairóbi, se lembram disso – uma Via-Sacra, que é o caminho da Cruz de Jesus, e quando vejo tudo o que Jesus sofreu, por mim e por todos nós, porque gosta muito de nós, isso me leva a ser melhor e menos ruim.

As 7 Leis Universais

LEI DE CAUSA E EFEITO
Tudo o que você pensa, fala e faz, volta pra você. Cada palavra, pensamento ou ação enviam para o universo ondas eletromagnéticas fazendo com que se tornem realidade. 
LEI DO RETORNO
A Lei do Retorno é muito justa, você pensou em algo e esqueceu, ou e não classificou esse "algo" como ruim, acaba causando o desmembramento de outros fatos igualmente ruins. Tudo o que se pensa, fala e faz, tem retorno ruim. 
LEI SEMELHANTE ATRAI SEMELHANTE
Cada vez que você envia energias- boas ou más - para o universo, está atraindo energias semelhantes à sua. Tudo que acontece ao seu redor, você é responsável, inclusive os acidentes, pois as vibrações estão na mesma frequência. 
LEI DO SILÊNCIO
Cada vez que você critica alguém ou faz comentários sobre briga de vizinhos, sobre assaltos, problemas pessoais ou ciúmes, aumenta a energia negativa que acaba somatizando nos corpos sutis até chegar ao corpo físico, seja como doenças, acidentes, etc. É preferível se calar a falar palavras negativas. 
LEI DA PROJEÇÃO
Essa lei ocorre quando você se projeta, inconscientemente, no outro. Por exemplo: alguém tem uma qualidade que você admira. É porque você tem essa mesma qualidade guardada no seu subconsciente. O mesmo acontece quando você não gosta de determinado comportamento ou defeito de uma pessoa, significa que você tem o mesmo comportamento ou defeito dentro de si mesmo e, como não consegue identificá-los, se projeta no outro. 
LEI DA DOAÇÃO
Serve para movimentarmos as nossas energias e assim atrair a prosperidade. Você precisa doar-se para que essa energia de "doação", que pode ser qualquer tipo, transforme as vibrações negativas em positivas.
LEI DO DISTANCIAMENTO
É a compreensão de que nada nos pertence, nem mesmo as pessoas de nossa família (pai, mãe, filhos), amigos, animais domésticos e bens materiais. Tudo é passageiro em nossa vida, inclusive o nosso corpo físico. Devemos amar e estar presentes em tudo que está a nossa volta, porém devemos nos conscientizar, com sabedoria, do desapego amoroso. Amar é estar presente, mas consciente das Leis do Universo, para não nos deixarmos abater emocionalmente. 

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Papa: Deus quer pastores fiéis, dedicados e misericordiosos

O Papa Francisco presidiu nesta segunda-feira (22/02), festa da Cátedra do Apóstolo Pedro, na Basílica Vaticana, a missa do Jubileu da Cúria Romana, do Governatorato e Instituições ligadas à Santa Sé.
O Jubileu da Cúria Romana teve início na Sala Paulo VI, com a oração da Hora Média e a meditação do director do Centro Aletti, o jesuíta Pe. Marko Ivan Rupnik. Antes da celebração eucarística, houve a procissão dos religiosos e leigos até à Porta Santa, seguida da procissão dos sacerdotes.
"A festa litúrgica da Cátedra de Pedro nos reúne para celebrar o Jubileu da Misericórdia. Passámos pela Porta Santa e chegámos ao túmulo do Apóstolo Pedro para fazer a nossa profissão de fé. Hoje, a palavra de Deus ilumina de modo especial os nossos gestos", disse o pontífice na sua homilia.
Francisco disse que "o primeiro a ser chamado a renovar a sua profissão de fé é o Sucessor de Pedro, que carrega consigo a responsabilidade de confirmar os irmãos".
"Deixemos que a graça plasme novamente o nosso coração para crer, e abra a nossa boca para cumprir a profissão de fé e obter a salvação. Façamos nossas as palavras de Pedro: 'Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo'. Que o nosso pensamento e o nosso olhar estejam fixos em Jesus Cristo, início e fim de toda ação da Igreja. Ele é o fundamento e ninguém pode colocar um alicerce diferente. Ele é a pedra sobre a qual devemos construir. É o que recorda com palavras expressivas Santo Agostinho quando escreve que a Igreja, não obstante agitada e abalada pelas vicissitudes da história, não cai, porque é fundamentada na pedra que é Cristo, e sobre este fundamento também Pedro foi edificado".
Segundo Francisco, esta profissão de fé dá a cada um de nós a tarefa de corresponder ao chamamento de Cristo. "Aos pastores é pedido para que tenham como modelo o próprio Deus que cuida do seu rebanho. O Profeta Ezequiel descreveu a maneira de agir de Deus: Ele vai à procura da ovelha perdida, reconduz a ovelha perdida ao pasto, enfaixa a ovelha ferida e cura a que está doente. Um encorajamento que é sinal do amor que não conhece limite. É uma dedicação fiel, constante e incondicionada para que aos mais fracos possa chegar a misericórdia", disse ainda o pontífice.
O Papa disse que não nos devemos esquecer que a profecia de Ezequiel vem de uma constatação da falta de pastores em Israel. "Portanto, faz bem também a nós, chamados a ser pastores na Igreja, deixar que o rosto do Deus Bom Pastor nos ilumine, nos purifique, nos transforme e nos restitua plenamente renovados à nossa missão".
"Que também nos nossos ambientes de trabalho possamos sentir, cultivar e praticar um forte sentido pastoral, sobretudo com as pessoas que encontramos todos os dias. Que ninguém se sinta transcurado ou maltratado, mas cada um possa experimentar, primeiramente, o cuidado atencioso do Bom Pastor", disse ainda Francisco à Cúria Romana e Instituições ligadas à Santa Sé.
"Somos chamados a ser colaboradores de Deus e a testemunhar com a nossa existência a força da graça que transforma e o poder do Espírito que renova. Deixemos que o Senhor nos liberte de toda tentação que distancia do essencial da nossa missão, e redescubramos a beleza de professar a fé no Senhor Jesus".
"A fidelidade ao ministério se conjuga bem com a misericórdia que queremos fazer experiência. Na Sagrada Escritura, fidelidade e misericórdia são um binômio inseparável. Onde está uma, lá se encontra a outra, e na reciprocidade e complementaridade se vê a presença do Bom Pastor", concluiu o Papa, afirmando que a fidelidade que o Senhor nos pede "é a de agir segundo o coração de Cristo" e apascentar o rebanho com um coração generoso. (BS/MJ/CM)

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Palavras do Papa Francisco

O Papa lembrou sua recente viagem apostólica ao México dizendo ter sido uma experiência de transfiguração. "Os vários encontros vividos no México foram repletos de luz: a luz da fé que transfigura os rostos e ilumina o caminho".

Encontro dos Coroinhas em Jardim de Piranhas

E o momento da graça deu continuidade no Centro Social e Pastoral Padre João Maria, com a presença do Bispo D. Antônio no encontro dos Coroinhas da Paróquia de Nossa Senhora dos Aflitos, "quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca" (Am 5,24)...
O Coordenador dos Coroinhas Marcelo Soares, rezou a Via Sacra e debateu assuntos relacionados à Campanha da Fraternidade 2016.
 
 
 

Enquanto Jesus rezava, seu rosto mudou de aparência...

D. Antônio celebra missa no 2.º domingo da quaresma em Jardim de Piranhas, momentos de muitas graças para a Paróquia de Nossa Senhora dos Aflitos.
Nesta liturgia, somos convidados por Jesus a escutar o que Ele tem para nos dizer e a contemplar seu rosto luminoso. Firmes na fé no Senhor, celebremos sua páscoa, que se realiza nas comunidades e pessoas dispostas a transfigurar a realidade que as cerca, promovendo a vida.
 
 
 
 
 
 

Jubileu da Curia Romana: Papa pede orações para o seu ministério

O Papa Francisco recordou neste sábado, dia 20 de fevereiro no final da audiência jubilar realizada na Praça de S. Pedro, que a próxima segunda-feira dia 22, Festa da Cátedra do Apóstolo Pedro, é um "dia de especial comunhão dos fiéis com o Sucessor de S. Pedro e com a Santa Sé". "Tal ocasião, neste Ano Santo – disse o Santo Padre – será também Dia Jubilar para a Cúria Romana, que atua quotidianamente ao serviço do povo cristão. Exorto-os a perseverar na oração em favor do meu Ministério universal e agradeço-lhes pelo empenho na edificação quotidiana da comunidade eclesial".
O Jubileu da Cúria Romana e das Instituições ligadas à Santa Sé terá início na segunda-feira às 8h30 locais na Sala Paulo VI, no Vaticano, com a celebração da Hora Média da Liturgia das Horas e a meditação do diretor do Centro Aletti, o padre jesuíta, Marko Ivan Rupnik.
Seguirá a procissão, primeiro de consagrados e leigos e depois dos sacerdotes, em direção à Basílica, entrando pela Porta Santa, e depois às 10h30 o Papa Francisco presidirá à Santa Missa.

domingo, 21 de fevereiro de 2016

II Domingo da Quaresma - tempo de Oração, Jejum e Esmola!

As leituras deste II Domingo Quaresma convidam-nos a refletir sobre a nossa "transfiguração", a nossa conversão à vida nova de Deus; nesse sentido, são-nos apresentadas algumas pistas.
A primeira leitura apresenta-nos Abraão, o modelo do crente. Com Abraão, somos convidados a "acreditar", isto é, a uma atitude de confiança total, de aceitação radical, de entrega plena aos desígnios desse Deus que não falha e é sempre fiel às promessas.
A segunda leitura convida-nos a renunciar a essa atitude de orgulho, de autossuficiência e de triunfalismo, resultantes do cumprimento de ritos externos; a nossa transfiguração resulta de uma verdadeira conversão do coração, construída dia a dia sob o signo da cruz, isto é, do amor e da entrega da vida.
O Evangelho apresenta-nos Jesus, o Filho amado do Pai, cujo êxodo (a morte na cruz) concretiza a nossa libertação. O projeto libertador de Deus em Jesus não se realiza através de esquemas de poder e de triunfo, mas através da entrega da vida e do amor que se dá até à morte. É esse o caminho que nos conduz, a nós também, à transfiguração em Homens Novos.

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Domingo é dia do Senhor!

Missas Dominicais na matriz de Nossa Senhora dos Aflitos (21/02): às 7h, D. Antônio Carlos e às 19h, Pe. Costa.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Papa no México lançou sementes de esperança

O Papa Francisco concluiu nesta quarta-feira dia 17 de fevereiro, com a Santa Missa em Ciudad Juárez, a sua 12ª Viagem Apostólica internacional que o levou ao México.
Foram seis dias intensos que certamente marcarão a história deste país e do seu povo, como também certamente deixaram marcas profundas no coração do "missionário da misericórdia e da paz".
O enviado especial da Rádio Vaticano, o nosso colega do programa brasileiro Silvonei José, realizou uma síntese dos principais momentos desta visita que aqui publicamos:
"Pelas ruas de Cidade do México, de Ecatepec, pelas estradas de Chiapas, Michoacán, Chiuhauhua, Francisco recebeu o amor e o carinho de tantas pessoas que passaram horas nas calçadas para, saudar e por um momento ver o "peregrino" que veio confirmá-los na fé. Entusiamos que se misturaram com os gritos de viva o Papa, "bienvenido" Santo Padre.
O México se transformou com a chegada do Papa. Foram tantos os momentos vividos intensamente nestes dias, mas todos partem do desejo do encontro de Francisco com a "Morenita", Nossa Senhora de Guadalupe.
A Santa Missa na Basílica de Guadalupe e depois os momentos de silêncio de Bergoglio diante da imagem, retratam a profundidade espiritual dessa viagem, onde o Vigário de Cristo fez com que um país inteiro parasse com ele diante da "Mãe mexicana". Foram 28 minutos inesquecíveis de silêncio e oração.
Nestes dias Francisco fez discursos fortes contra a corrupção, os privilégios, pediu um futuro rico de esperança, com homens honestos e justos, que defendam o bem comum. Também declarou que o narcotráfico é uma metástase que devora.
Já no encontro com as autoridades, a sociedade civil e o Corpo diplomático acreditado no país, o primeiro da sua viagem, o Papa disse que era motivo de alegria poder pisar esta terra mexicana.
Já naquele encontro falou dos jovens, maior riqueza do México, preanunciando o grande encontro de Morelia. Francisco reiterou: “Penso e ouso dizer que, hoje, a principal riqueza do México tem um rosto jovem; sim, são os seus jovens. Em Morelia pediu aos jovens que não se deixem desvalorizar, excluir, ser tratados como mercadoria. "É mentira que a única forma de viver, de poder ser jovem, é deixando a vida nas mãos do narcotráfico". "Jesus nunca convidaria você a ser sicário", disse o Papa aos jovens.
Ainda no início da sua viagem o Papa Francisco se encontrou com o episcopado mexicano. Num discurso, longo, muito articulado e duro, pediu coragem para enfrentar a chaga do tráfico de drogas.
"Peço que vocês não subestimem o desafio ético e anticívico que o narcotráfico representa para a sociedade mexicana inteira, incluindo a Igreja".
Afirmando que "não há necessidade de 'príncipes', mas de uma comunidade de testemunhas do Senhor na qual Cristo é a sua única luz, o Papa exortou os bispos mexicanos a conservarem a comunhão e unidade entre eles".
Em Ecatepec, na missa campal Francisco clamou que os mexicanos façam de seu país uma terra de oportunidades, onde "não haja necessidade de emigrar para sonhar" e onde não haja risco de cair nas mãos do que chamou de "traficantes de morte".
Visitou também o Hospital pediátrico Federico Gomez, um centro de excelência na Cidade do México, voltado ao atendimento das crianças mais pobres do país. Ali diante das crianças doentes, cunhou mais uma das suas expressões "carinhoterapia", o carinho como forma de terapia e as palavras "bendizer e agradecer". O Papa dando uma vacina a uma criança pela boca deu início à campanha nacional contra a poliomielite.
Depois Chiapas e Morelia. San Cristobal de Las Casas foi o lugar do discurso do pedido de perdão aos povos indígenas que por séculos sofreram humilhações e marginalizações. No meio da multidão indígena um grito se escutou forte, "temos um Papa ao lado dos pobres". Na missa, pela primeira vez oficialmente, os idiomas locais choles, tzotzil.. foram sentidos.
A família também esteve no centro dos encontros e pensamentos do Papa. Em Tuxtla Gutiérrez disse que "a precariedade ameaça não só o estômago (o que é já muito!), mas pode ameaçar também a alma, pode insinuar-se em nós sem nos darmos conta: é a precariedade que nasce da solidão e do isolamento; e o isolamento é sempre um mau conselheiro".
"Prefiro uma família que procura uma vez e outra recomeçar a uma sociedade narcisista e obcecada com o luxo e o conforto. Prefiro uma família com o rosto cansado pelos sacrifícios aos rostos embelezados que nada entendem de ternura e compaixão".
E repetiu: o casal pode lançar pratos um contra o outro, mas é importante terminar o dia em paz.
Na missa em Morelia o Papa Francisco convidou os sacerdotes, religiosos, religiosas, consagrados e seminaristas a não se deixarem cair na tentação da resignação diante da violência.
Enfim, Ciudad Juárez. No norte do país, numa "missa binacional" pôde apalpar a problemática da migração, de crimes e do tráfico de pessoas.
Antes encontrou-se com os detentos do Centro de Readaptação Social N.3. Ali o Papa recordou que as prisões são um sintoma de como estamos na sociedade,quem sofreu o máximo da amargura a ponto de poder afirmar que "experimentou o inferno" pode tornar-se um profeta na sociedade.
Depois o encontro com o mundo do trabalho quando Francisco convidou todos a sonhar o México, a construir o México que os seus filhos merecem, recordou duas palavras, diálogo e encontro.
O último momento em terras mexicanas foi a Santa Missa. Mas antes da missa o Papa sob uma cruz no Rio Bravo na fronteira com os Estados Unidos, circundado por velhos sapatos e sandálias que simbolizam o drama da imigração, para rezar pelos migrantes mortos na tentativa de superar a fronteira, pelos imigrantes que se encontram nos Estados Unidos, na prisão ou que sofrem prisões de massa.
Na sua homilia durante a missa o Papa implorou no Ano da Misericórdia o dom das lágrimas, o dom da conversão.
Ciudad Juárez, como outras áreas fronteiriças “é uma passagem, um caminho carregado de injustiças terríveis: escravizados, sequestrados, objectos de extorsão, muitos irmãos nossos acabam vítimas do tráfico humano”.
Esta crise que se pode medir em números, - disse o Papa - queremos medi-la por nomes, por histórias, por famílias. São irmãos e irmãs que partem, forçados pela pobreza e a violência, pelo narcotráfico e o crime organizado. À pobreza que já sofrem, vem juntar-se o sofrimento destas formas de violência. Uma injustiça que se radicaliza ainda mais contra os jovens: como "carne de canhão", eles veem-se perseguidos e ameaçados quando tentam sair da espiral de violência e do inferno das drogas.
"É tempo de conversão, é tempo de salvação, é tempo de misericórdia".
Os encontros de Francisco com os mexicanos foram verdadeiros momentos de festa. Mais de 41 milhões de mexicanos seguiram o Papa através da televisão.
Francisco tocou lugares emblemáticos de males nacionais e ao mesmo tempo manteve um confronto com problemas que dizem respeito diretamente ao povo e ao seu desânimo em relação à justiça, às instituições e à própria convivência. As palavras de Francisco ajudarão como bálsamo para o desânimo? Despertará novos impulsos em uma sociedade que procura crescer em todos os setores? A resposta dos mexicanos virá com o tempo. A palavra é esperança. Francisco arrematou: "A noite pode parecer-nos enorme e muito escura, mas, nestes dias, pude constatar que, no povo mexicano, há tantas luzes que anunciam esperança".
Os mexicanos esperavam muito desta visita de Francisco. Esperavam suas palavras e gestos. Certamente o "Papa latino-americano" não os decepcionou".

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Testemunhos anunciam esperança: o Papa despediu-se do México

No final da celebração em Ciudad Juarez o Papa Francisco despediu-se de todos os mexicanos dizendo ter-se sentido acolhido com carinho, e todos confiou à Virgem de Guadalupe para serem testemunhas de misericórdia. Publicamos o texto integral da despedida do Papa Francisco da sua visita ao México, naquela que foi a 12ª Viagem Apostólica do seu pontificado:
"Muito obrigado, Senhor Bispo, pelas suas sentidas palavras de despedida. É o momento de dar graças a Nosso Senhor por me ter permitido esta visita ao México.
Não quero partir sem agradecer o esforço de quantos tornaram possível esta peregrinação. Agradeço a todas as autoridades federais e locais o interesse e a solícita ajuda com que contribuíram para o bom andamento dos eventos destes dias. Ao mesmo tempo, gostaria de agradecer, cordialmente, a todos aqueles que colaboraram, de várias maneiras, para esta visita pastoral. A tantos servidores anônimos, que, no silêncio, deram o seu melhor para que estes dias fossem uma festa de família, obrigado! Senti-me acolhido, recebido pelo carinho, a festa, a esperança desta grande família mexicana: obrigado por me terem aberto as portas da vossa vida, da vossa nação.
No seu poema Irmandade, assim se expressa o vosso escritor Octávio Paz:
«Sou homem: duro pouco e é enorme a noite.
Mas olho para o alto: as estrelas escrevem.
Sem entender, compreendo: também sou escritura
e, neste mesmo instante, alguém me está decifrando»
(«Un sol más vivo»: Antologia poética, México 2014, 268).
Valendo-me destas estupendas palavras, ouso sugerir que aquele que nos decifra e traça o caminho é a presença misteriosa mas real de Deus na carne concreta de todas as pessoas, especialmente dos mais pobres e necessitados do México. A noite pode parecer-nos enorme e muito escura, mas, nestes dias, pude constatar que, no povo mexicano, há tantas luzes que anunciam esperança; pude ver, em muitos dos seus testemunhos, em muitos dos seus rostos, a presença de Deus que continua a caminhar nesta terra guiando-os e sustentando a esperança; muitos homens e mulheres, com o seu esforço de cada dia, tornam possível que esta sociedade mexicana não fique às escuras. São profetas do amanhã, são sinal dum novo amanhecer.
Que Maria, a Mãe de Guadalupe, continue a visitar-vos, continue a caminhar por estas terras, ajudando-vos a ser missionários e testemunhas de misericórdia e reconciliação.
Mais uma vez, muito obrigado".

Francisco abraça os detidos: a misericórdia de Deus é para todos

Último dia da viagem do Papa Francisco no México. Na manhã deste dia 17 de fevereiro, às 10,30 horas locais, o Papa Francisco realizou uma visitou ao Centro de readaptação social (Centro carcerário) da cidade de Juárez.
No seu breve discurso, Francisco iniciou por dizer aos presentes que não queria concluir a sua viagem apostólica ao México e ir embora sem saudá-los, sem celebrar o Jubileu da Misericórdia com eles. E acrescentou:
<<De coração agradeço as palavras de saudação que me dirigistes, e em que manifestaram tanta esperança e tantas aspirações, mas também tantas amarguras, medos e dúvidas>>.
Durante a viagem à África, na cidade de Bangui, prosseguiu o Santo Padre pude abrir a primeira Porta da Misericórdia para o mundo inteiro. Hoje, no vosso meio e convosco, quero reafirmar uma vez mais a confiança a que Jesus nos impele: a misericórdia que abraça a todos, em todos os cantos da terra. Não há lugar onde a sua misericórdia não possa chegar, não há espaço nem pessoa que ela não possa tocar.
Por conseguinte, celebrar o Jubileu da Misericórdia convosco, salientou Francisco, é lembrar o caminho que devemos urgentemente empreender para romper o ciclo vicioso da violência e da delinquência. Já se perderam várias décadas pensando e crendo que tudo se resolve isolando, separando, encarcerando, livrando-nos dos problemas, acreditando que estas medidas resolvem verdadeiramente os problemas. Esquecemo-nos de concentrar-nos naquilo que realmente deve ser a nossa preocupação: a vida das pessoas; as suas vidas, as das suas famílias, as daqueles que também sofreram por causa deste ciclo vicioso da violência.
<<A misericórdia divina lembra-nos que as prisões são um sintoma de como estamos na sociedade; em muitos casos são um sintoma de silêncios e omissões provocadas pela cultura do descarte. São sintoma duma cultura que deixou de apostar na vida, duma sociedade que foi abandonando os seus filhos>>.
E Francisco reiterou que a misericórdia lembra-nos que a reinserção não começa aqui dentro destes muros; começa antes, começa lá fora nas ruas da cidade. A reinserção ou reabilitação começa criando um sistema que poderíamos chamar de saúde social, isto é, uma sociedade que procure não adoecer contaminando as relações no bairro, nas escolas, nas praças, nas ruas, nos lares, em todo o espectro social. Um sistema de saúde social que vise gerar uma cultura que seja eficaz procurando prevenir aquelas situações, aqueles caminhos que acabam por ferir e deteriorar o tecido social.
Às vezes, prosseguiu o Papa, parece que as prisões se proponham mais colocar as pessoas em condição de continuar a cometer delitos do que promover processos de reabilitação que permitam enfrentar os problemas sociais, psicológicos e familiares que levaram uma pessoa a determinada atitude. O problema da segurança não se resolve apenas encarcerando, mas é um apelo a intervir para enfrentar as causas estruturais e culturais da insegurança que afetam todo o tecido social.
A preocupação de Jesus pelos famintos, os sedentos, os sem abrigo ou os presos (Mt 25, 34-40) pretendia expressar as entranhas de misericórdia do Pai, que se tornam um imperativo moral para toda a sociedade que deseje possuir as condições necessárias para uma convivência melhor. Daí que, sublinhou Francisco, << na capacidade que uma sociedade tem de integrar os seus pobres, doentes ou presos, reside a possibilidade de estes curarem as suas feridas e serem construtores duma boa convivência. A reinserção social começa com a frequência da escola por todos os nossos filhos e com um emprego digno para as suas famílias, com a criação de espaços públicos para os tempos livres e a recreação, com a habilitação das instâncias de participação cívica, os serviços de saúde, o acesso aos serviços básicos… para citar apenas algumas medidas>>.
Celebrar o Jubileu da Misericórdia convosco é portanto, sublinhou o Papa, aprender a não ficar prisioneiros do passado, de ontem; é aprender a abrir a porta para o futuro, para o amanhã; é acreditar que as coisas podem tomar outro rumo. Celebrar o Jubileu da Misericórdia convosco é convidar-vos a levantar a cabeça e empenhar-vos para obter o tão ansiado espaço de liberdade, disse.
<<Sabemos que não se pode voltar atrás, sabemos que o que foi feito, feito está. Mas isto não significa que não haja a possibilidade de escrever uma página nova daqui para a frente; por isso, quis celebrar convosco o Jubileu da Misericórdia. Vós sofreis a angústia da queda, sentis o arrependimento pelos vossos atos e sei que em muitos casos, por entre grandes limitações, a partir da vossa solidão procurais refazer a vossa vida. Conhecestes a força do sofrimento e do pecado; não vos esqueçais, porém, que tendes ao vosso alcance também a força da ressurreição, a força da misericórdia divina que faz novas todas as coisas. Agora é possível que vos toque a parte mais dura, mais difícil, mas talvez seja a que produz mais fruto; a partir daqui de dentro, lutai para inverter as situações que geram mais exclusão. Falai com os vossos queridos, contai-lhes a vossa experiência, ajudai a travar o ciclo vicioso da violência e da exclusão. Quem sofreu o máximo da amargura a ponto de poder afirmar que «experimentou o inferno», pode tornar-se um profeta na sociedade. Trabalhai para que esta sociedade que usa e joga fora não continue a fazer mais vítimas>> concluiu dizendo Francisco.
As últimas palavras foram de encorajamento, foram dirigidas ao pessoal que trabalha neste Centro ou noutros semelhantes: os diretores, os agentes da Polícia penitenciária, todos os que realizam qualquer tipo de assistência neste Centro. Agradeço, disse o Santo Padre, o esforço dos capelães, das pessoas consagradas e dos leigos que se dedicam a manter viva a esperança do Evangelho da Misericórdia na prisão. Todos vós – não vos esqueçais! – podeis ser sinal das entranhas de misericórdia do Pai. Precisamos uns dos outros para continuar em frente. (FL)